sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO TURVO DOS HILÁRIOS

Distante cerca de 20 quilômetros do centro do município de São Miguel Arcanjo, Turvo dos Hilários tem Nossa Senhora da Ajuda como a padroeira do lugar.
Vizinho dos bairros Pocinho e Gramadão, foi fundado por José Hilário de Queirós que teve vinte filhos, frutos de quatro casamentos. Um dos seus filhos, Paulino Ferreira de Queirós, casado com Belarmina Maria Brisola fundaram a primeira capela do lugar. 
São eles os pais de Pedro Estevão de Queirós, Elói Ferreira de Queirós, Isaura e Helena Brisola, Albertina Ferreira de Queirós, João Brisola de Queirós, Aparício Brisola de Queiroz e Francisco Brisola de Queirós, o popular Chico Padre.
Pedro Estevão, nascido em 1.918, que se casou com Virgília Maria de Proença, foi por muitos anos Inspetor Policial nomeado pela Secretaria de Segurança Pública da época, o que significava a maior autoridade do bairro, compatível com o cargo de um delegado, hoje.
Os filhos do casal se tornaram importantes viticultores no lugar.
Uma das netas de Pedro Estevão chama-se Roselene e morava ultimamente em Guarujá.
Era costume nas festas do Bairro a presença de fandangueiros organizados pelo Pedro Estêvão.
No intervalo das danças, violeiros se entretinham com o "Querumana de Aprofia", espécie de desafio no ritmo da Querumana. 
Que ritmo esse?
O ritmo querumana é feito com 5 movimentos. 
É Daniel Viola quem nos ensina hoje:
1: POLEGAR VAI DESCER TOCANDO TODAS AS CORDAS. 
2: PARTE DE CIMA DA UNHA DO POLEGAR VAI SUBIR TOCANDO TODAS AS CORDAS.
3: DESCER COM O DEDO INDICADOR, MÉDIO, ANULAR E MINDINHO BATENDO EM TODAS AS CORDAS.
4: O MESMO DO ÍTEM 3.
5: ABAFAR O SOM DAS CORDAS COM A PALMA DA MÃO.


GENTE DO LUGAR:
Elói Ferreira de Queiroz, falecido em 2.011, teve lá por muito tempo um armazém de secos e molhados. 
Licínio Brisola instalara lá uma olaria e na década de 60 já pagava imposto por ela.

O PAU DE ARARA DO PAULINO H. BRIZOLA



APARÍCIO BRISOLA DE QUEIROZ
Aparício Brisola de Queiroz casou-se com Aparecida de Jesus Queiroz e tiveram 8 filhos: Marina, Marilda, Luiz, Maria Aparecida, Miltom, Nelson, Marli e Márcia.
Foi taxista e fazia ponto ao lado da Igreja Matriz, em São Miguel Arcanjo.
Fogacista roxo, e decepcionado com a derrota sofrida por Francisco Fogaça, o Cirico, ao cargo majoritário em São Miguel Arcanjo, resolveu fixar residência em Itapetininga, levando mais tarde a família consigo. 
Faleceu provavelmente no dia 05 de junho de 1.970; vítima de roubo; foi assassinado nas proximidades do Rio Itapetininga, para onde certamente fizera a última corrida da sua vida.
O corpo foi encontrado em perfeitas condições. Dizem os que o conheceram que em consequência do escapulário que trazia no peito.
Era muito amigo do Padre Arlindo Vieira.
Uma das suas filhas, Marilda Brisola, que foi esposa de Auro Antonio dos Santos Terra, e é mãe do vereador Eduardo Augusto dos Santos Terra, ainda conserva as cartas trocadas entre ele e o padre Arlindo.
Hoje, Aparício Brisola de Queiroz empresta seu nome ao Primeiro Ponto de Taxi da cidade.

A VISITA DO BISPO 
No dia 26 de agosto de 1.972, às 19 horas, houve no Bairro um Encontro de Casais, com a presença do Bispo Dom José Melhado de Campos.
Na edição do dia 29 de setembro de 1.978, os moradores do Turvo dos Hilários  foram homenageados pelo jornal "Diário de Sorocaba".
Entre outras coisas, dizia a reportagem que o Bairro do Turvo dos Hilários permanece durante a semana em silêncio, como se dormisse à margem do Rio Turvo, um dois principais rios divisórios de São Miguel Arcanjo. No entanto, quando o domingo chega, seus moradores  em massa vem cumprir as obrigações religiosas, ou se não acompanham o terço na capela, quando o diácono Francisco Brisola de Queiroz não está no seu bairro.
Na sua grande maioria, os moradores são devotos do Sagrado Coração de Jesus.
Os mais antigos ainda se lembram das visitas do saudoso missionário jesuíta, padre Arlindo Vieira, e oram muito por ele.
A capela do bairro era bastante modesta, porém, a participação dos moradores nos eventos religiosos era das mais ativas dentro do município e começou a elevar-se ainda mais no ano de 1.973.
Aproveitando a visita que a imagem de Nossa Senhora Aparecida fazia à localidade, um grupo de pessoas resolveu organizar um coral para execução dos hinos sacros.
Foi o maior sucesso.
Depois desse projeto, um outro mais ousado nasceu na cabeça dos jovens: começaram a enveredar pelo caminho da arte cênica, dispondo-se a tornar possível a encenação do Caminho do Calvário, por ocasião da Semana Santa, nas ruas de São Miguel Arcanjo.
Essa equipe era formada por Jaime Miguel de Queiroz, que fazia o papel de Jesus e coordenava o grupo; Elisabete de Queiroz, no papel de Madalena; Jamil de Queiroz, como Anás; Jeremias de Queiroz, no papel de Caifás; Mauro José Maziero, travestido de Centurião; José Luiz de Medeiros, o Cirineu; Leonice das Neves Ferreira, a Maria de Cleofas; Maria Inês Maziero, como a mulher de Pilatos e Rosa Maria Maziero, vestida de mulher do povo.
A bela Maria Inês Maziero
A equipe contava também com Terezinha Maria dos Passos e Geraldo do Espírito Santo e tinha o apoio de Benedito Domingues, além de outras pessoas.
Tão envolvente o movimento, que o grupo conseguiu de Pedro Estevão de Queiroz e de Luiz Maziero, líderes do Bairro, todo apoio e ainda condução para transporte até à cidade, cada vez que precisavam locomover-se.    
Em 1.997, o Turvo dos Hilários possuía uma população de mais ou menos 300 pessoas, na maioria formada por agricultores.
A Fazenda "Nhá Moça", com cerca de 120 alqueires, era propriedade do empresário paulista Samuel Seibel e de Léo Madeira. O administrador era Miguel Ferreira de Queirós, casado com Maria Santina Souto e pais da Daiane. 
Também nesse Bairro localizava-se a Fazenda chamada "Mazziero".
A Escola do Bairro dos Hilários atendia uma média de 110 alunos, da pré-escola e até a 4a.série, e possuía até uma horta escolar. A direção da escola estava a cargo de Magdalena Seabra Alves.
Eram responsáveis pelo transporte dos alunos por lá os motoristas João Batista de Sales e Alcidino Mendes da Silva.
Consta que no ano de 2.001 Antonio Alfredo Baliú, piloto comandante aviador da Vasp, aposentado após 16 mil horas de voo, também possuiu um sítio no Bairro.


O MATADOURO
A Prefeitura fechou no dia 25 de outubro de 2.006 o Matadouro Municipal que vinha operando no Bairro.

UM CASO POLICIAL: O CASO DA PROFESSORA
No dia 05 de fevereiro de 2.007, quando uma professora do Bairro passava com seu veículo pela ponte do Rio Turvo, um Voyage preto com três elementos tentaram fazê-la parar e ainda gritaram que seria um assalto.
Em uma ação muito rápida, a professora acelerou o seu veículo e conseguiu fugir dos bandidos.
Em seguida, já salva do encalço deles, ligou para a polícia que, após realizar um cerco pelas rodovias conseguiu alcançá-los.
Que sorte teve a professora!

6 comentários:

  1. sou bisneta de jose pedro de proença e ana maria jose, se souber algo da minha familia me comunique por favor

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  2. Conheci o Sr. Pedro Estevão do Turvo dos Hilários, no ano de 1994. costumava estocar algumas sacas de café em um dos quartos da antiga casa, qual servia para o consumo o ano inteiro.

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  3. Tive o prazer de conhecer o Sr Eloi que por sinal era vizinho do meu tio Sr Romeu Paulo de medeiros agricultor de cebola e feijão amarelo.etc.Tempo lindo e inesquecível.Ali tem muita história nasci e cresce por lá no sao Paulinho.obrigada Luiza pelo espaço se presiza de mais detalhes estou a disposição no que for de minhas lembranças...abraço.

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  4. Meu pai foi o Sr Hermenegildo da Silva.nascido em 1910 guapiara .Entrou a trabalhar no Der.(departamento de estrada e rodagem da época) aos 14 anos de idade. Ajudou abrir a estrada Capão bonito a sao miguel arcanjo, onde mais tarde se imitou para sao miguel Á.Conheceu o Sr.Franscisco rosa na qual lhe deu 2 tarefas de terra a 50 metros do Rio pinhalzinho.Ajudou na construções das pontes ainda existente em todo trajeto desta ligação de rodovia.Tendo como amigos Sr Valentim (antigantigo tocador da banda na Praça) Sr belarmino lopes casado com Sr Maria benzedor da cidade,onde residiu na casa cedida do Der ,perto do pontilhado hoje existente.muito amigos da época que ficaria extenso se escrever mesmo estou resumindo. Desde já grato pela oportunidade Luiza valio.abracos a vc e todos os leitores.

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  5. Sou do bairro turvo dos hilários sou bisneto do Pedro Ventura e neto do José Clóvis amo meu bairro o sussego daqui é radiante

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