sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO DO RIO ACIMA


Nesse bairro estabeleciam-se umas terras que pertenceram ao Tenente Urias denominadas ‘Terreno dos Nogueiras’. 
Em 1.911, os proprietários pediram que se criasse uma lei considerando referidas terras como criadoras de criações grossas e foram atendidos. 
Em 1.920, alguns moradores chefiados por Gustavo Pinto Ribeiro pediram revogação da lei, se comprometendo a cultivar no mínimo 30 alqueires de terra por ano.
Nesse Bairro, no ano de 1.914, havia uma grande criação de porcos pertencente a João Cavacini.
No ano de 1.928, lecionava na escola mista rural desse Bairro a professora Maria Antonieta de Lima.
Alcidino França possuía uma carvoaria no Bairro na década de 40.
Na década de 50, José Medeiros de Lima, conhecido como José Pedro Fonseca, filho de tropeiros, lá criava gado.
Possuiu olaria no bairro o Harif Miguel Daniel, falecido em 1.962; vendeu-a para o Cassimiro Alves antes de 1.960.
Pelo decreto 18, de 18 de março de 1.994, a Prefeitura desapropriou um imóvel pertencente à Cia. Suzano de Papel e Celulose com a área de 7.087,50 m2. para servir de aterro sanitário.
Por mais de vinte anos, a Prefeitura ocupou uma área particular onde funcionava a serraria municipal. Depois disso é que foram construídas algumas casas e a escola do Bairro. 
A área foi totalmente perdida judicialmente e a Prefeitura teve que devolvê-la aos antigos donos.

LUGAR DE MULHERES VALENTES

O Bairro do Rio Acima, em São Miguel Arcanjo, sempre foi conhecido como um lugar de mulheres valentes e batalhadoras.
Prova disso, FRANCISCA MARIA DE JESUS, que, se ainda viva, teria hoje seus 101 anos de idade.
Casada com Salvador de Almeida Monteiro, tiveram dois filhos: Lazinho, que se casou com uma senhora de cor e virou "paulistano", e Maria, que ficou famosa pelo magnífico DOCE DE LEITE que fazia no Bairro da Boa Vista, em São Miguel Arcanjo.
Durante as décadas de 30 e 40, o casal trabalhou duro na carvoaria do Bairro do Retiro. Depois, Salvador começou a trabalhar como poceiro e se mudaram para a cidade, residindo ali onde morou a Hitomi, na Rua Campos Sales.
O quintal da casa era muito grande e, então, Francisca plantava flores para vender, principalmente nos dias de Finados. Também cultivavam um belíssimo pomar.
Nos anos 70, o lar do casal transformou-se em dor.
Salvador abria um poço na propriedade de Paulo Watanabe, quando a tábua em que se equilibrara para assentar o ladrilho, devido a estar mal colocado, pois o espaço era mínimo, despencou, tendo morte instantânea.
Francisca foi morar com o filho Lazinho, na capital, lá permanecendo por uns trinta nos.
Devido a problemas de saúde, teve uma das pernas amputada, porém, como alegavam os netos, jamais perdeu a alegria de viver e de cumprir, com amor, sua missão na terra.
Nunca deixou de trabalhar, de ser útil e de desejar o melhor para as pessoas que amava.
O exemplo de luta e inspiração para aceitar as provações do destino permaneceu para sempre na família, principalmente as mulheres.
Seu reino compreendeu, pelo menos em 2.003, quando conhecemos sua história, 15 netos, 20 bisnetos, 16 trinetos e o Matheus, tataraneto.
Através da bisneta Sueli, moradora no Bairro Boa Vista, que lhe nutre profundo respeito e admiração, ficou aqui uma pequena biografia esboçada por Luiza Válio.

EDGARD TASCA

No ano de 1.997 o Banespa penhorou o sítio Açaí, de propriedade de Edgard Tasca e Maria Aparecida Frediani Tasca.
A área era de 15,10 hectares, registrada no CRI sob número 20.642, livro 2, de 22 de setembro de 1.986, no Cartório de Registro de Imóveis e Anexos de Itapetininga.
Continha 1 barracão com dois compartimentos, 8X4, sem acabamento; um barracão medindo 7X4, 1 casa de 6X9 metros e outra casa com 6,5X9,5 metros.


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