Distante cerca de vinte e dois quilômetros da sede do município de São Miguel Arcanjo, situa-se a 170 km a sudeste da cidade de São Paulo.
É uma colônia japonesa localizada próximo à Serra do Mar, entre as cidades de Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, como os moradores gostam de afirmar.
Em 1.962, a JICA pôs em ação um plano de colonização deste local. Trazendo três famílias oriundas da província de Fukui, que mais tarde foram acrescidas com várias outras famílias de diversas outras províncias japonesas. Ao todo, cerca de 54 famílias colonizaram esta região.
A pluviosidade anual do local é de 1.150 mm e a temperatura média anual é de 18,5 graus, formando um clima propício ao cultivo da uva, do caqui, da pêra, sendo a uva Itália a maior fonte de renda.
O governador da Província de Fukui esteve na Colônia Pinhal no dia 19 de junho de 1.998, em comemoração aos 90 anos da imigração japonesa no Brasil.
Após ter soltado sua voz num animado karaokê no Clube Kai Kan lá situado, o governador fez um magnífico discurso assim traduzido:
-------“ Agradeço de coração esta oportunidade de poder cumprimentar a todos os senhores presentes nesta manhã e com muita alegria retorno a esta colônia Fukui, onde estive em 1.992, por ocasião dos festejos de aniversário de 30 anos desta Colônia. Relembramos o início da Colônia Fukui em julho de 1.957 e posteriormente a chegada das famílias de Yukio Ota, Shigueru Okawa e Seiiti Deguti em dezembro de 1.962; desde então, esta Colônia tem prosperado magnificamente até a presente data. Este desenvolvimento ocorreu graças a perseverança destes imigrantes que superaram as dificuldades provenientes das diferenças de cultura, costumes e clima. Nós do Japão nem sequer conseguimos imaginar como foi este sofrimento. Aproveitando este ensejo, em nome da Província de Fukui, venho com muito respeito apresentar os meus sinceros agradecimentos e minha admiração pelo trabalho dos senhores. Como Província de Fukui, também nos esforçamos ao máximo para colaborar com esta Colônia. Ajudamos na construção deste Kaikan e na aquisição dos bens necessários ao seu funcionamento. Cooperamos na construção da Escola Modelo de Língua Japonesa e equipamos a mesma com todos os materiais didáticos necessários ao seu bom desempenho. Desde 1.980, estamos recebendo estagiários brasileiros em nossa Província. Neste ano, recebemos oito deles, sendo que todos passam bem e estão se esforçando nos estudos. Queremos que estes jovens assimilem a nossa tecnologia de ponta, considerada uma das melhores do mundo e vejam como ela tem influenciado no progresso do Japão. Outro objetivo é fazer com que eles conheçam a terra dos seus antepassados, isto é, a Província de Fukui, e que estes estagiários, retornando ao Brasil, possam ajudar no seu progresso e bem estar legal. Apesar dos esforços da Província de Fukui para ajudar esta Colônia, não podemos esquecer daqueles que derramaram seu suor e lágrimas nesta terra e hoje já são falecidos. Que Deus permita que suas almas descansem em paz. Que os senhores consigam vencer os futuros obstáculos com a coragem, o pioneirismo e a tenacidade característica do povo de Fukui. Ao finalizar, deixo aqui os meus votos de muita saúde e felicidade a todos os presentes. Que esta Colônia prospere cada vez mais, dentro deste imenso Brasil que tem potencial para ser líder mundial no século XXI.”
Após ter soltado sua voz num animado karaokê no Clube Kai Kan lá situado, o governador fez um magnífico discurso assim traduzido:
-------“ Agradeço de coração esta oportunidade de poder cumprimentar a todos os senhores presentes nesta manhã e com muita alegria retorno a esta colônia Fukui, onde estive em 1.992, por ocasião dos festejos de aniversário de 30 anos desta Colônia. Relembramos o início da Colônia Fukui em julho de 1.957 e posteriormente a chegada das famílias de Yukio Ota, Shigueru Okawa e Seiiti Deguti em dezembro de 1.962; desde então, esta Colônia tem prosperado magnificamente até a presente data. Este desenvolvimento ocorreu graças a perseverança destes imigrantes que superaram as dificuldades provenientes das diferenças de cultura, costumes e clima. Nós do Japão nem sequer conseguimos imaginar como foi este sofrimento. Aproveitando este ensejo, em nome da Província de Fukui, venho com muito respeito apresentar os meus sinceros agradecimentos e minha admiração pelo trabalho dos senhores. Como Província de Fukui, também nos esforçamos ao máximo para colaborar com esta Colônia. Ajudamos na construção deste Kaikan e na aquisição dos bens necessários ao seu funcionamento. Cooperamos na construção da Escola Modelo de Língua Japonesa e equipamos a mesma com todos os materiais didáticos necessários ao seu bom desempenho. Desde 1.980, estamos recebendo estagiários brasileiros em nossa Província. Neste ano, recebemos oito deles, sendo que todos passam bem e estão se esforçando nos estudos. Queremos que estes jovens assimilem a nossa tecnologia de ponta, considerada uma das melhores do mundo e vejam como ela tem influenciado no progresso do Japão. Outro objetivo é fazer com que eles conheçam a terra dos seus antepassados, isto é, a Província de Fukui, e que estes estagiários, retornando ao Brasil, possam ajudar no seu progresso e bem estar legal. Apesar dos esforços da Província de Fukui para ajudar esta Colônia, não podemos esquecer daqueles que derramaram seu suor e lágrimas nesta terra e hoje já são falecidos. Que Deus permita que suas almas descansem em paz. Que os senhores consigam vencer os futuros obstáculos com a coragem, o pioneirismo e a tenacidade característica do povo de Fukui. Ao finalizar, deixo aqui os meus votos de muita saúde e felicidade a todos os presentes. Que esta Colônia prospere cada vez mais, dentro deste imenso Brasil que tem potencial para ser líder mundial no século XXI.”
FAMÍLIAS DA COLÔNIA:
As famílias da Colônia Pinhal: Ariga, Azuma, Enta,Fukazawa, Fukuda, Furuda, Furuga, Furusha, Hata, Hayashi, Higushi, Hirosi, Homma, Ichise, Ito, Konai, Konegoni, Kawakami, Kida, Kishino, Kitatani, Nakamura, Nakano, Nakazawa, Nishikawa, Oshi, Okawara, Orashi, Ota, Pereira, Sakajiri, Shinozaki, Tanaka, Venuma,Yamada, Yamashida.
As famílias da Colônia Pinhal: Ariga, Azuma, Enta,Fukazawa, Fukuda, Furuda, Furuga, Furusha, Hata, Hayashi, Higushi, Hirosi, Homma, Ichise, Ito, Konai, Konegoni, Kawakami, Kida, Kishino, Kitatani, Nakamura, Nakano, Nakazawa, Nishikawa, Oshi, Okawara, Orashi, Ota, Pereira, Sakajiri, Shinozaki, Tanaka, Venuma,Yamada, Yamashida.
O cultivo da uva, hoje símbolo do município de São Miguel, foi iniciado em 1.957 pelo japonês Massuto Fujihara, que passou seus conhecimentos aos seus descendentes e demais filhos da terra.
Em 08 de junho de 1.973, o prefeito de São Miguel Arcanjo requereu ao Governador Laudo Natel o que segue:
"A Fazenda Pinhal deste município congrega em toda sua extensão agricultores japoneses que a cultivam intensamente radicados em pequenas glebas onde residem com suas famílias.
A esse conjunto de japoneses laboriosos deu-se o nome habitual de Colônia Pinhal, que tem um núcleo residencial expressivo com Escola, Centro social e Armazém cooperativo.
A importância desse agregado agrícola, especialmente fruticultor, está na produção intensa e na contribuição da Colônia às atividades educacionais representada que é por elevado número de alunos da sua população infantil.
Para o Centro Social dessa Colônia Pinhal, em benefício de toda a numerosa população de menor idade e de escolares, é que estou com empenho pedindo a V.Excelência um conjunto de parque infantil a ser ali instalado, como doação e notável contribuição da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo, em convênio municipal.
Estou certo de que virá a ser possível essa contribuição e presença festiva do Governo de V. Excelência aos nossos pequenos da Colônia Pinhal e antecipo à Secretaria doadora e a V. Excelência os melhores agradecimentos, renovando na oportunidade a afirmação leal da nossa mais alta estima e maior admiração.
José França,
Prefeito Municipal."
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Com a ajuda ainda da JICA, foi concluída em 1.997 a nova Escola de Língua Japonesa. Sendo uma escola modelo, há grandes expectativas quanto ao seu funcionamento. Além de aulas para crianças, há aulas para adultos, tênis de mesa, futebol, vôlei, canto coral, dança e muitas outras atividades.
O Kaikan é a sede do Bunkio (clube dos senhores), do Fujinkai (clube das senhoras) e do Seinenkai (clube de jovens). Nele são realizados eventos culturais e esportivos. Pode-se citar karaokê, tênis de mesa, vôlei, dança, futebol, guetobol, reuniões, festas. Praticamente todos os japoneses e descendentes são associados e freqüentam o Kaikan. O Seinenkai possui dezenas de associados entre 13 e 30 anos. O Kaikan participa de eventos que integram os Kaikans de outras cidades.
O casal mais antigo da Colônia, Hikoe e Chioka Nakamura, que inclusive fazem poesia japonesa, foram homenageados em 1.998 como o casal de pais mais velhos da Colônia. Ela, grande artista, confecciona muitas esculturas de barro e pinturas e, por não conseguir ficar quieta, leva o apelido de ‘formiguinha’.
A Kumiai, ou melhor, a Cooperativa Agrícola Sul- Brasil de São Miguel Arcanjo, sociedade civil sem fins lucrativos, foi fundada em 14 de fevereiro de 1.969, sendo filiada à Cooperativa Central Agrícola Sul-Brasil. Tinha inicialmente 37 associados. Em 10 de setembro de 1.988 foi inaugurado o novo prédio, construído pela Cooperativa Central. Atualmente ela não é mais filiada, mas continua funcionando; tem 56 cooperados e emprega 5 funcionários.
Os objetivos dessa Cooperativa são: a comercialização em comum das produções agropecuárias que forem entregues pelos cooperados; a aquisição de insumos, bens e artigos necessários às atividades agropecuárias, gêneros alimentícios, artigos domésticos e outros de consumo pessoal a serem fornecidos aos cooperados; recebimento, beneficiamento, padronização, classificação, embalagem, armazenamento, transporte, produção de insumos modernos, industrialização e assistência técnica agropecuária, de forma a atender quali-quantitativamente a demanda dos cooperados. Essa Cooperativa possui um mercado que atua como ponto de encontro dos cooperados e moradores da Colônia Pinhal. Também existe na Colônia Pinhal uma Biblioteca (Tosho-kan), a maior do país em língua japonesa.
Contando com um acervo de mais de 150 mil títulos, ocupa um amplo prédio de tijolo à vista, cercado por um jardim oriental. O prédio ocupa 12 hectares e tanto o terreno como a construção e o acervo foram presentes do empresário japonês Tetsuto Amano. O núcleo formou-se no início da década de 60, quando os japoneses começaram a ter sucesso com o cultivo da uva Itália. O doador gastou cerca de 20 milhões de ienes, o equivalente a 180 mil reais na obra. Muitos dos livros foram doados por japoneses residentes em outros países. Metade dos livros estão disponibilizados aos visitantes. A outra metade está guardada à espera da construção de uma biblioteca no Bairro da Liberdade, na capital paulista. Nem todos os descendentes dos japoneses se interessam pela língua dos seus antepassados.
Os objetivos dessa Cooperativa são: a comercialização em comum das produções agropecuárias que forem entregues pelos cooperados; a aquisição de insumos, bens e artigos necessários às atividades agropecuárias, gêneros alimentícios, artigos domésticos e outros de consumo pessoal a serem fornecidos aos cooperados; recebimento, beneficiamento, padronização, classificação, embalagem, armazenamento, transporte, produção de insumos modernos, industrialização e assistência técnica agropecuária, de forma a atender quali-quantitativamente a demanda dos cooperados. Essa Cooperativa possui um mercado que atua como ponto de encontro dos cooperados e moradores da Colônia Pinhal. Também existe na Colônia Pinhal uma Biblioteca (Tosho-kan), a maior do país em língua japonesa.
Contando com um acervo de mais de 150 mil títulos, ocupa um amplo prédio de tijolo à vista, cercado por um jardim oriental. O prédio ocupa 12 hectares e tanto o terreno como a construção e o acervo foram presentes do empresário japonês Tetsuto Amano. O núcleo formou-se no início da década de 60, quando os japoneses começaram a ter sucesso com o cultivo da uva Itália. O doador gastou cerca de 20 milhões de ienes, o equivalente a 180 mil reais na obra. Muitos dos livros foram doados por japoneses residentes em outros países. Metade dos livros estão disponibilizados aos visitantes. A outra metade está guardada à espera da construção de uma biblioteca no Bairro da Liberdade, na capital paulista. Nem todos os descendentes dos japoneses se interessam pela língua dos seus antepassados.
Apenas dez por cento deles aprendem japonês.A escola da Colônia Pinhal homenageia Massanori Karazawa, um dos primeiros habitantes do local. Ele foi escolhido pelo governo japonês para ser presidente da Cooperativa. Foi ele também quem dividiu as terras e distribuiu-as aos japoneses. A escola tem cerca de 400 alunos e 18 professores. O prédio novo foi inaugurado em setembro de 1.990, mas já funcionava há bastante tempo.
NOTÍCIA POLICIAL:
EM 01 DE MAIO DE 2004, A ESCOLA DO BAIRRO FOI DESTAQUE NO EXTINTO JORNAL "A HORA DE SÃO MIGUEL ARCANJO"
NOTÍCIA POLICIAL:
EM 01 DE MAIO DE 2004, A ESCOLA DO BAIRRO FOI DESTAQUE NO EXTINTO JORNAL "A HORA DE SÃO MIGUEL ARCANJO"
NOTA POLICIAL DE 2009
No mês de agosto do ano de 2.009, um domingo, de madrugada, a Escola Massanori Kavasawa foi arrombada. O invasor destruiu a caixa de controle do alarme e furtou doze computadores novos que a escola acabara de ganhar.
No ano anterior, especificamente em 13 de dezembro de 2.008, também foi lavrado BO na Polícia local.
Disse a Coordenadora da Escola Estadual do Bairro que, ao adentrar na escola, notou que todas as portas estavam arrombadas e também na escola municipal. Os ladrões cortaram a cerca dos fundos da escola, fizeram uma bagunça, furtaram uma TV 29', da marca LG e um rádio portátil da marca Britânia.
A outra testemunha disse que era a responsável pela escola municipal e que na madrugada, através de um corte da cerca dos fundos, pessoas desconhecidas mexeram em tudo na escola, arrombaram todas as portas e levaram um monitor 17´ da marca LG e um CPU AMD Semprom 2800.
Os objetos dos furtos foram localizados na extensa mata que ficava atrás da escola.
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