domingo, 25 de setembro de 2016

ANTÔNIO VIEIRA SOBRINHO E AUTORIDADES SÃO-MIGUELENSES NO INTERIOR DO CINE-TEATRO SÃO MIGUEL






Fazendeiro e político, conhecido como Toniquinho Pereira, nasceu em Itapetininga no dia 07 de abril de 1.888, aí mesmo falecendo em 20 de fevereiro de 1.976. Filho do Major Joviniano Pereira de Moraes e de dona Maria Vieira de Camargo, era neto paterno do Major Manoel Pereira de Moraes e de Eulália Francisca de Arruda e neto materno de Manoel Vieira de Camargo e Felizarda Maria da Assumpção. Foi batizado na Igreja Matriz Nossa Senhora das Estrelas de Itapetininga no dia 10 de agosto de 1.888.
Casou-se com Angelina Turelli, natural de Angatuba, filha dos italianos Francisco Turelli e Thereza Tazzioli, com quem teve
os filhos:
Ion Vieira (faleceu criança),
Arion Vieira ( faleceu criança),
Ivens Vieira ( que se casou com Cecilia Macedo Vieira),
Darcy Vieira,
Daysi Turelli Vieira e
Leda Lys Turelli Vieira. 
Cursou a Escola Normal de Itapetininga.
Proprietário agrícola, iniciou sua carreira política como vereador em Angatuba (SP) e prefeito de sua cidade natal. 
Nas eleições de janeiro de 1947 elegeu-se deputado à Assembleia Constituinte de São Paulo, na legenda do Partido Social Democrático (PSD). 
Participou dos trabalhos constituintes e, após a promulgação da nova Carta estadual, passou a exercer o mandato ordinário. 
Em outubro de 1950 foi eleito à Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo na legenda do Partido Social Progressista (PSP), assumindo sua cadeira em fevereiro do ano seguinte, logo após deixar a Assembleia paulista. 
Permaneceu na Câmara até o final da legislatura, em janeiro de 1955, quando encerrou sua carreira política.
Foi Deputado Federal e Estadual, Prefeito de Angatuba e de Itapetininga.
Faleceu em janeiro de 1976.
A foto em questão relembra a doação feita por ele de diversas chuteiras aos estudantes da cidade de São Miguel Arcanjo, cuja receptividade foi realizada no interior do recém-inaugurado Cine Teatro São Miguel.

Do site de Daniel Pereira Angatubenses que partiram/ FGV

UMA COMEMORAÇÃO COM ESCOLARES NA PRAÇA DA MATRIZ

A BENZEDEIRA LUIZA

Nos anos 1.920, havia na cidade uma velha senhora, humilde e de muito bom coração que se chamava Luiza.
Muito pobre, morava na antiga casa da empresa elétrica, à rua que hoje se denomina Manoel Fogaça, juntamente com outras pessoas carentes que eram ajudadas pelas pessoas caridosas da cidade.
Quando Maria Aparecida Válio, filha do Major Luiz Válio, ainda menininha - nascera em 1913 - foi atacada por forte meningite que inclusive a fez perder todos os cabelos, quem a curou foi essa senhora.
Desde então, a menina passou a chamá-la de madrinha, termo que se estendeu a todas as pessoas que passaram a conhecer os dons milagrosos da velha senhora.
Madrinha Luiza tinha o costume de vestir-se sempre de roupas brancas e era cuidada por uma outra senhorinha que a tratava como se fora sua filha, a Berina.
Naquela época, quem pastoreava os "rebanhos" da igreja católica local era o Monsenhor Henrique Volta e, sob as ordens dele é que a benzedeira praticava o seu ofício.
Muitas pessoas foram curadas pela madrinha Luiza.
Esta foto esteve guardada por muitos anos por Maria Válio e hoje faz parte do acervo de Luiza Válio, graças à doação feita a ela por Marina Branca Válio França, hoje também saudosa.
Foi tirada por José Emygdio de Souza, proprietário da extinta "Photographia Bom Jesus", localizada no Largo da Matriz, número 28, em São Miguel Arcanjo.
Um belo documento histórico.


 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

RESTOS DO ANTIGO MOBRAL:


O ENSINO NO TURVO DOS COLAÇAS

Histórico do Ensino no Turvo dos Colaças
Por Edson Aparecido Machado, Pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Bairro do Gramadão, São Miguel Arcanjo, SP. 







Formatura de 1949 - primeira série




O ensino fundamental no Turvo dos Calaças iniciou na casa do Senhor Vicente Calaça, aonde um professor vinha a cavalo de Itapetininga dar aulas de alfabetização somente àqueles que pudessem pagar. Foi ali que estudou o senhor Jose Boaventura Vieira; João Baltazar de Souza; Durvalino Baltazar de Souza; João Pedroso e outros latifundiários do Bairro, estes aprenderam escrever o nome, sendo as aulas à noite.
No ano de 1926, no sitio denominado Urutú, funcionava uma escola, em uma casa feito de sapé e de pau a pique, nesta casa lecionou a senhora Izolina Barretos, esposa de Pedrinho Barretos. Desta época, foram seus alunos: Maria dos Anjos Salles, Maria Lazara Salles e outros.
No ano de 1932, lecionou por aqui a senhora Benedita de Camargo, casada com Francisco Barretos. Ela lecionava para os seguintes alunos: Esmeralda; Alzira e Helena, filhas do senhor Belarmino Boava e outros. Devido a Revolução Constitucionalista entre gaúchos e paulistas, o Bairro do Turvo dos Colaças ficou deserto e comumente a escola também.
Em 1935, no salão do casarão do Senhor Cipriano Diniz Vieira (Calaça), funcionou por pouco tempo a sessão A para um numero razoável de 30 alunos. Havia inconstância de professores. Uns ficavam 2 meses, outros um pouco mais de um ano mas sempre trocavam porque tinham que morar no sítio. O lugar era cheio de cabritos.
Neste tempo lecionaram: a senhora Gessi; Clarisse Barretos, a senhora Isaura e outras. Os alunos desta época eram: Oscar, filho de Bellarmino Boava; Nelson, filho de Joaquim Pinto de Oliveira; Albertina; Inês, Alice e Adolfo, filhos de Maria Eliziaria Vieira e outros.
Em 1936, a escola mudou para um salão na casa de Zacharias Baltazar de Souza, neste salão funcionou a sessão: A, B e C, sob o comando da professora Paschoína Barsante que vinha de Itapetininga na Jardineira das 8 da manhã. Com ela vinha sempre um Inspetor de aluno de Itapetininga chamado Sebastião Pinto em um pé de Bode, este vinha às vezes para dar exame e vistoriar as aulas.
Ela tinha os traços de origem italiana, jeito magricela e de nariz comprido. Esta lecionava para mais de 15 alunos, sendo estes moradores dos demais bairros: dos Hilários, do Pocinho, e das Sete Curvas. Os alunos eram os seguintes: Nelson, filho de Joaquim Pinto de Oliveira; Amador, Laurinda e Joaquina, filhos de Joaquim Tinguí; Onofre Guilherme e Suzaninha Souto, criados de João Silvestre Gomes (Fugêncio); Silvestre, filho de João Silvestre Gomes; Margarida e Aquilino, filhos de Zacharias Baltazar de Souza; Oscar e Leonildo, filhos de Jose Boaventura Vieira; Nabor dos Santos com seu irmão; Artur Manoel; Henrique Manoel; Bagre; Laurindo e Izino Ratinho; Otoniel, filho de Joaquim Avelino de Almeida; Aparício, filho de Veríssimo Ferreira de Queirós; Julio, e também Marcelino e Mario, filhos de Manoel Batista Brizola (português).
Todo o dia cantava-se o Hino Nacional Brasileiro e as aulas começavam das 10 horas indo ate às 4 horas da tarde. Funcionou ali por um ano e meio mudando a escola para uma casa velha do Senhor João Jose Brizola.
Depois foi na casa do senhor Silvestre Leitão, um plantador de Algodão. O local da escola foi na casa da fazenda, feita de barrote, onde lecionou a professora Izolina Barretos, que vinha de Capão Bonito.
Em 1939, na casa do senhor Zacharias Baltazar, em uma casa de táboa, lecionou a professora Margarida Baltazar de Souza em um período de seis meses até a construção da escola. Nesta época estudaram os alunos: Clementina Gomes filha de João Fujêncio; Maria das Neves; João e Antonoel, filhos de Eduardo de Almeida; Rufina filha de Jose Fujêncio; Maria, filha de Ermelino Bueno; Cecília, filha de Joaquim Julio; Laurinda filha de José Júlio e outros. Através dos esforços do pedreiro José França, foi construída uma escola com prédio próprio, feita de tijolos e telhas, dois vitrôs laterais e uma área bem arejada abrigando mais de 40 crianças. Conhecida como Escola Misto Rural do Turvo dos Colaças. Sendo assim inaugurada na gestão do Prefeito Nestor Fogaça do Município de São Miguel Arcanjo.
Sua primeira professora foi Ligia Luqueze Fagundes, uma senhora de origem Alemã. Ela vinha com seu esposo um soldado que ajudava a olhar as crianças. Ela fumava, mas nunca fumou perto de seus alunos, certa feita em um inverno tenebroso, ela comprou pano flanela azul e mandou fazer agasalhos para todos os alunos. Foram seus alunos: Zacarias e Jacira, filhos de Durvalino Baltazar de Souza; Anésio Nunes de Almeida, filho de Fermino Nunes de Almeida; Darci Vieira; Paulo, filho de João Jose Brizola; Andrelino; Brás; Benedito Machado, filho de Leopoldino Rolim Machado; Aparício Nunes; Eugenio Nunes; Jonas, filho de Zacharias Baltazar de Souza; Nega, filha de Alfredo Pinto; Rosa com sua irmã, filhas de Joaquim Júlio de Almeida; Nanci, filha de Maria Eliziaria Vieira; Onofre; um filho de Leopoldo Brizola; Natanael e João, filhos de Eduardo de Almeida; Abel, Anibal e Arceu, filhos de Manoel Batista, português. Esses últimos foram acometidos de Tuberculose, sendo então dispensados da aula.
Em 1940 lecionou na escola à senhora Saturnina Rios Martins, uma senhora de traços espanhol, cor branca, cabelos vermelhos e rosto sardento.
As aulas iniciavam às 8 da manhã indo até meio dia. Eram seus alunos: Roberta Rosa de Souza; Daniel Mauricio de Proença; Eunice de Almeida, filha de Joaquim Avelino de Almeida; Gessi, Zacheo, Abrão, Noé e Jacó, filhos de Durvalino Baltazar de Sousa e outros. Esta professora foi substituída por poucos dias pela senhorita Gioconda Fanhanhi que também era loira.
No ano de 1950 lecionou na escola a professora Lélia dos Santos Morelli, que lecionou por 13 anos. Neste tempo ela foi professora Diretora e servente, ensinava as alunas a fazer crochê. Lélia por varias vezes trazia uma marmita de viradinho de feijão e compadecida da pobreza que havia, dava à Margarida, filha de Pedro Martins. 
O Inspetor que comandava as escolas era o senhor Arci Prestes Rugeri. 
O material de ensino básico era o Caderno de Alfabetização Saturnina.
No ano de 1951, foi substituída pela senhora Talcila que lecionou para os seguintes alunos: Suzumo; Mitugu Hoshino; Gilberto Nunes; Ilcio Nunes; João Raimundo; Jose Raimundo; Joel de Almeida; Luiz Júlio; Gilberto Júlio; Ilda, Geni, Rubens, Cidney, Orlando, filhos de Jose Baltazar de Souza; Melane, filho de João Baltazar de Souza; Jacó, filho de Durvalino Baltazar de Souza; Florisia, filha de Abilio Tinguí, e outros.
A senhora Lélia fora também substituída por diversas vezes pelas senhoras Esmeralda, Neusa Rosa e Tereza, vulgo Pipoca (esta ensinou os alunos a fazer colar de papel - 1958).
Em 1964 lecionou a senhora Abigail Ferreira. 
Somente em 1977 é que mudou a escola para o local que é hoje inaugurado no dia 07 de junho do presente ano, tendo por nome Escola Leonardo Antonio Vieira.

Fonte: Raízes & Folhas

HINO A SÃO MIGUEL ARCANJO PARA TROMBONE DE CANTO


domingo, 4 de setembro de 2016

AS CARTAS DO MONSENHOR HENRIQUE VOLTA COMPLETARAM 83 ANOS

Foi no dia 13 de abril de 1.932 que o Monsenhor Henrique Volta despediu-se de toda a população são-miguelense (estava aqui desde 1.913) para fazer a viagem de regresso ao seu querido país, a Itália, terminando seus dias na cidade de Novelara, Província de Reggio Emilia, onde nasceu no dia 8 de agosto de 1.857 no lar do casal Dom Giovani Volta e Anunziata Spagiari.
As cartas de Itália estavam endereçadas a Alcindo dos Santos Terra e foram doadas por Paulo Manoel Silva Filho para o acervo de Luiza Válio.
A primeira carta, de 15.05.1.933:

 





E a segunda carta de 18.07.1933:





IGREJINHA DO MONSENHOR HENRIQUE VOLTA E A PRAÇA JOÃO PESSOA