domingo, 18 de novembro de 2012

SÃO MIGUEL ARCANJO NO TEMPO DO CARRO DE BOIS.


Existe um livro escrito por Bernardino José de Souza intitulado "Ciclo do Carro de Bois no Brasil", edição comemorativa aos 30 anos de fundação da Companhia Editora Nacional (fundada em 1.925), onde São Miguel Arcanjo aparece, lá na página 257, quando o autor se refere ao carroção, assim:

O CARROÇÃO

"Carroção é outro nome que designa veículos diferentes em várias partes do Brasil.
Às vezes designa uma espécie de carro de bois que tem as rodas muito mais largas do que as dos carros comuns, por imposição legal, em benefício das estradas; a sua mesa quase não sofre modificação essencial, apenas apresentando estrado com maior capacidade de carga.
No Estado de São Paulo, o nome carroção é aplicado a um carro puxado por bois, de duas rodas radiadas e eixo fixo de ferro, de mesa ampla, como acontece nos municípios de Aparecida, Tremembé, Jardinópolis, Guaíra, Orlândia, Serra Azul, Pederneiras, Potirendaba, Piranji, etc.
Noutros municípios  do mesmo Estado, carroção é um carro de quatro rodas, tirado por bovinos - Amparo, Araras, Cajuru, Franca, Guariba, Jacareí, Lorena, Monte-Mor, São Miguel Arcanjo e Santa Adélia.
Assim também se chamam os carros de quatro rodas em municípios do Paraná, em Goiás, no sertão de Pernambuco, no Espírito Santo, no Estado do Rio de Janeiro (Cantagalo e Sapucaia) e também em alguns lugares do Rio Grande do Sul".

Obs: A informação, segundo o autor, foi prestada pela própria Prefeitura de São Miguel Arcanjo que afirmou que esse veículo se chamou por algum tempo canoa e hoje só se diz carroção.
Tenho o volume, editado em 1.958, porém, sem a capa. 
No sebo, custa só 100 reais.