sábado, 30 de março de 2013

JOSÉ NOGUEIRA MACHADO NASCEU NA RUA NOVA



Anos mais tarde, a Rua Nova, em São Miguel Arcanjo, passou a chamar-se Rua Aurora e, hoje, é a Rua Manoel Fogaça.

O PRÉDIO DA SUL PAULISTA NA RUA NOVA EM SÃO MIGUEL ARCANJO


Casa das Máquinas onde giravam as turbinas da Sul Paulista no bairro do Turvinho já não funciona mais.
Construída no começo do século XX, produziu eletricidade para abastecer Itapetininga e São Miguel Arcanjo.
Para voltarmos no tempo, lembramos que, no final do mês de julho de 1.914, o então gerente da Empresa de Eletricidade Sul Paulista, Guilherme Bohrer, dirigia os serviços de melhoramentos pelos quais passavam a iluminação pública local e a linha transmissora de luz e força a São Miguel e a Itapetininga.
Tinha a empresa nessa época o ensejo de dotar a cidade com um grande e útil melhoramento, instalando uma rede telefônica com comunicação com a estação da Central da Companhia Telefônica Bragantina, de Itapetininga.
Foi nesse ano que a empresa também cogitou construir um prédio na cidade, à Rua Nova, que depois passou a chamar-se Rua Aurora e, hoje, Rua Manoel Fogaça, onde deveria funcionar o escritório da empresa.
Esse prédio foi construído e existe até hoje; fica no número 700 da referida rua. 
No muro próximo ao portão de entrada do prédio tem afixado o número 1.907.


Trata-se do ano em que a Companhia instalou-se em terras que foram compradas dos herdeiros do Tenente Urias Emygdio Nogueira de Barros e não do início da construção do prédio, pois baseamos este texto em informações contidas no jornal " O Estado de São Paulo", edição de 03 de agosto de 1.914.  

quarta-feira, 27 de março de 2013

MIGUEL ORTIZ EM VÍDEO DO DERAC




FILHOS DE MIGUEL ORTIZ DE CAMARGO



A foto e o texto estão inseridos no blog Museu Virtual Derac de Itapetininga, dia 11 de dezembro de 2.012, que diz que Miguel foi "craque de bola. 
Até hoje, passando dos seus 70 anos de idade, brinda os torcedores com seu estilo elegante de jogar futebol. 
Os garotos da foto tentaram seguir o dom do pai, mas preferiram seguir outra profissão mesmo porque não é fácil ser bem sucedido na profissão de futebolista. 
Desta forma, resta como lembrança esta foto meio embaçada pelo tempo mas que belas recordações nos traz destes dois craques que na época jogavam no time de base do DERAC."
Além de craque da bola, grande músico o Miguel Ortiz de Camargo.

terça-feira, 26 de março de 2013

CRIANÇAS DO BAIRRO DO POCINHO



A foto foi transferida do face do escritor Orlando Pinheiro.
Não há indicação do crédito.

SILVESTRE GOMES



Silvestre Gomes, filho único do casal João Silvestre Gomes (1.896/1.980) e Francelina Maria Gomes, nasceu em São Miguel Arcanjo, aos 3
1 de dezembro de 1926.
Casou-se no dia 28 de julho de 1.945, em Gramadinho, com Otília de Lima Gomes, nascida aos 17 de novembro de 1.927 no mesmo bairro, filha de Victalino José de Lima e de Maria José da Conceição.


O casal teve os filhos:
Neuza de Lima; (1946) e
Adail Gomes. (1948)

Foto: gentilmente cedida por familiares.
Do site "Raízes e Folhas".

EDUCAÇÃO NO BAIRRO TURVO DOS COLAÇAS.

Histórico do Ensino no Turvo dos Colaças
Por Edson Aparecido Machado, p
astor da Igreja Presbiteriana Independente do Bairro do Gramadão, em São Miguel Arcanjo, SP.
Formatura de 1.949 - primeira série.

O ensino fundamental no Turvo dos Calaças iniciou na casa do Senhor Vicente Calaça, aonde um professor vinha a cavalo de Itapetininga dar aulas de alfabetização somente àqueles que pudessem pagar. 
Foi ali que estudou o senhor Jose Boaventura Vieira; João Baltazar de Souza; Durvalino Baltazar de Souza; João Pedroso e outros latifundiários do Bairro, estes aprenderam escrever o nome, sendo as aulas á noite.
No ano de 1926, no sitio denominado Urutú, funcionava uma escola, em uma casa feito de sapé e de pau a pique, nesta casa lecionou a senhora Izolina Barretos, esposa de Pedrinho Barretos. Desta época, foram seus alunos: Maria dos Anjos Salles, Maria Lazara Salles e outros.
No ano de 1932, lecionou por aqui a senhora Benedita de Camargo, casada com Francisco Barretos. Ela lecionava para os seguintes alunos: Esmeralda; Alzira e Helena, filhas do senhor Belarmino Boava e outros. 
Devido a Revolução Constitucionalista entre Gaúchos e paulistas, o Bairro do Turvo dos Colaças ficou deserto e comumente a escola também.
Em 1935, no salão do casarão do Senhor Cipriano Diniz Vieira (Calaça), funcionou por pouco tempo a sessão A para um numero razoável de 30 alunos. Havia inconstância de professores. Uns ficavam 2 meses, outros um pouco mais de um ano mas sempre trocavam porque tinham que morar no sítio. O lugar era cheio de cabritos.
Neste tempo lecionaram: a senhora Gessi; Clarisse Barretos, a senhora Isaura e outras. Os alunos desta época eram: Oscar, filho de Bellarmino Boava; Nelson, filho de Joaquim Pinto de Oliveira; Albertina; Inês, Alice e Adolfo, filhos de Maria Eliziaria Vieira e outros.
Em 1936, a escola mudou para um salão na casa de Zacharias Baltazar de Souza, neste salão funcionou a sessão: A, B e C, sob o comando da professora Paschoína Barsante que vinha de Itapetininga na Jardineira das 8 da manhã. Com ela vinha sempre um Inspetor de aluno de Itapetininga chamado Sebastião Pinto em um pé de Bode, este vinha às vezes para dar exame e vistoriar as aulas.
Ela tinha os traços de origem italiana, jeito magricela e de nariz comprido. Esta lecionava para mais de 15 alunos, sendo estes moradores dos demais bairros: dos Hilários, do Pocinho, e das Sete Curvas. 
Os alunos eram os seguintes: Nelson, filho de Joaquim Pinto de Oliveira; Amador, Laurinda e Joaquina, filhos de Joaquim Tinguí; Onofre Guilherme e Suzaninha Souto, criados de João Silvestre Gomes (Fugêncio); Silvestre, filho de João Silvestre Gomes; Margarida e Aquilino, filhos de Zacharias Baltazar de Souza; Oscar e Leonildo, filhos de Jose Boaventura Vieira; Nabor dos Santos com seu irmão; Artur Manoel; Henrique Manoel; Bagre; Laurindo e Izino Ratinho; Otoniel, filho de Joaquim Avelino de Almeida; Aparício, filho de Veríssimo Ferreira de Queirós; Julio, e também Marcelino e Mario, filhos de Manoel Batista Brizola (português).
Todo o dia cantava-se o Hino Nacional Brasileiro e as aulas começavam das 10 horas indo ate às 4 horas da tarde. Funcionou ali por um ano e meio mudando a escola para uma casa velha do Senhor João Jose Brizola.
Depois foi na casa do senhor Silvestre Leitão, um plantador de Algodão. O local da escola foi na casa da fazenda, feita de barrote, onde lecionou a professora Izolina Barretos, que vinha de Capão Bonito.
Em 1939, na casa do senhor Zacharias Baltazar, em uma casa de taboa, lecionou a professora Margarida Baltazar de Souza em um período de seis meses ate a construção da escola. Nesta época estudaram os alunos: Clementina Gomes filha de João Fujêncio; Maria das Neves; João e Antonoel, filhos de Eduardo de Almeida; Rufina filha de Jose Fujêncio; Maria, filha de Ermelino Bueno; Cecília, filha de Joaquim Julio; Laurinda filha de Jose Julio e outros. Através dos esforços do pedreiro Jose França, foi construída uma escola com prédio próprio, feita de tijolos e telhas, dois vitrôs laterais e uma área bem arejada abrigando mais de 40 crianças. 
Conhecida como Escola Misto Rural do Turvo dos Colaças. Sendo assim inaugurada na gestão do Prefeito Nestor Fogaça do Município de São Miguel Arcanjo.
Sua primeira professora foi Ligia Luqueze Fagundes, uma senhora de origem Alemã. 
Ela vinha com seu esposo um soldado que ajudava a olhar as crianças. 
Ela fumava, mas nunca fumou perto de seus alunos.
Certa feita em um inverno tenebroso, ela comprou pano de flanela azul e mandou fazer agasalhos para todos os alunos. Foram seus alunos: Zacarias e Jacira, filhos de Durvalino Baltazar de Souza; Anésio Nunes de Almeida, filho de Fermino Nunes de Almeida; Darci Vieira; Paulo, filho de João Jose Brizola; Andrelino; Brás; Benedito Machado, filho de Leopoldino Rolim Machado; Aparício Nunes; Eugenio Nunes; Jonas, filho de Zacharias Baltazar de Souza; Nega, filha de Alfredo Pinto; Rosa com sua irmã, filhas de Joaquim Julio de Almeida; Nanci, filha de Maria Eliziaria Vieira; Onofre; um filho de Leopoldo Brizola; Natanael e João, filhos de Eduardo de Almeida; Abel, Anibal e Arceu, filhos de Manoel Batista, português. Esses últimos foram acometidos de Tuberculose, sendo então dispensados da aula.
Em 1940 lecionou na escola à senhora Saturnina Rios Martins, uma senhora de traços espanhois, cor branca, cabelos vermelhos e rosto sardento. As aulas iniciavam às 8 da manhã indo ate meio dia. Eram seus alunos: Roberta Rosa de Souza; Daniel Mauricio de Proença; Eunice de Almeida, filha de Joaquim Avelino de Almeida; Gessi, Zacheo, Abrão, Noé e Jacó, filhos de Durvalino Baltazar de Sousa e outros. Esta professora foi substituída por poucos dias pela senhorita Gioconda Fanhanhi que também era loira.
No ano de 1950 lecionou na escola a professora Lélia dos Santos Morelli, que lecionou por 13 anos. Neste tempo ela foi professora Diretora e servente, ensinava as alunas a fazer crochê. Lélia por varias vezes trazia uma marmita de viradinho de feijão e compadecida da pobreza que havia, dava á Margarida, filha de Pedro Martins. 
O Inspetor que comandava as escolas era o senhor Arci Prestes Rugeri. O material de ensino básico era o Caderno de Alfabetização Saturnina.
No ano de 1951, foi substituída pela senhora Talcila que lecionou para os seguintes alunos: Suzumo; Mitugu Hoshino; Gilberto Nunes; Ilcio Nunes; João Raimundo; Jose Raimundo; Joel de Almeida; Luiz Julio; Gilberto Julio; Ilda, Geni, Rubens, Cidney, Orlando, filhos de Jose Baltazar de Souza; Melane, filho de Joao Baltazar de Souza; Jacó, filho de Durvalino Baltazar de Souza; Florisia, filha de Abilio Tinguí, e outros.
A senhora Lélia fora também substituída por diversas vezes pelas senhoras Esmeralda, Neusa Rosa e Tereza vulgo Pipoca (esta ensinou os alunos a fazer colar de papel-1958).
Em 1964 lecionou a senhora Abigail Ferreira.Somente em 1977 é que mudou a escola para o local que é hoje inaugurado no dia 07 de junho do presente ano, tendo por nome Escola Leonardo Antonio Vieira.

- Transcrito do site Raízes e Folhas.

GENTE DO BAIRRO DO GRAMADÃO.


Leonildo Boaventura Vieira

Leonildo Boaventura Vieira - (1928), filho de José Boaventura Vieira e de Maria Eliziária Vieira.
Nasceu em 5 de agosto de 1928, no bairro do Turvo, Distrito de Gramadinho, Itapetininga, SP.
Irmão de Albertina Vieira Terra ( esposa de Aparício de Oliveira Terra, de São Miguel Arcanjo), Adolfo Vieira, Inês Vieira de Moraes, Alice Vieira de Souza, Oscar Vieira, Maria José Vieira e Nancy Vieira Salles.
Casou-se com Apparecida Ambrósio dos Santos Vieira no dia 21 de setembro de 1.946.
Emerson, Apparecida e Leonildo

Apparecida Ambrósio dos Santos Vieira, filha de Roque Ambrósio dos Santos e de Adolfina Ambrósio, n
asceu em 4 de março de 1929.
Tiveram os filhos:
Gerson Vieira;
Edson Vieira;
Edilson Vieira;
Elizete Vieira Pistille;
Elisabeth Vieira Akim;
Emerson Vieira.

Nota:
- (*) Leonildo Boaventura Vieira informou por ocasião de visita pessoal que a data correta de seu nascimento é o dia 14 de julho de 1928, porém no registro civil consta 5 de agosto de 1928.
A origem do Bairro do Gramadão, segundo Leonildo, em entrevista de 18 de setembro de 2.011:

______Bem, vou contar pra vocês um breve resumo de tudo que aconteceu. 
______Estas terras faziam parte de uma Sesmaria que havia sido comprada pelo meu avô Vicente Calaça que passado tempo passou a ser conhecido por Turvo dos Calaças.
______Quando eu tinha por volta de 13 anos eu estava neste mesmo local, hoje rua Rev. Abílio de Oliveira Junqueira e aqui havia uma raia para cavalos que ia daqui até a Igreja Presbiteriana Independente. Eu estava aqui em frente e ouvi uma Voz que me disse: "Faça uma cidade aqui.". Eu, naquele momento, fiquei sem ação porque não havia ninguém no local, mas, eu ouvi aquela Voz. Na hora não acreditei, e a voz falou de novo.
______Então entendi que era a Voz de DEUS e fiquei com aquilo na cabeça. Muitos anos depois, já casado e com filhos, na década de 70, eu comentei com meu filho mais velho que tinha resolvido fazer uma cidade e ele até duvidou da minha sanidade mental, na época.
______Muitas pessoas achavam uma loucura o que eu estava falando e mesmo contra a vontade de todos resolvi fazer o que Deus havia me dito: fazer uma cidade neste local e então arranjei um ajudante, comprei uma trena de 30 metros e com um monte de pontaletes de pau fui demarcando tudo por aqui, na fé, que isso aqui um dia seria uma cidade.
______Tive enormes dificuldades, mas a aceitação foi enorme e vendi muitos lotes em muito pouco tempo. Pessoas compraram, também pela Fé, confiando que aqui seria um bairro próspero.
______Perdi muito, financeiramente, mas hoje sou um homem feliz por ter cumprido aquilo que aquela Voz me pediu.
______Hoje estou preparado para que Deus cumpra o que tem reservado para mim, não tenho medo da morte. Estou preparado. No entanto, gostaria de ter mais alguns anos de vida para ver este bairro crescer ainda mais.

Fontes:
- Assento de nascimento de Leonildo Boaventura Vieira, Livro A-1, fls. 68 v., sob n. 75.
- Informações obtidas em visita pessoal;
- pesquisas em documentos oficiais.
tudo no site Raízes e Folhas.

APARÍCIO DE OLIVEIRA TERRA E A CEPA DE SUA ESPOSA ALBERTINA VIEIRA TERRA


Aparício de Oliveira Terra nasceu no dia 4 de março de 1.912 e faleceu em 7 de agosto de 1.990, sendo sepultado junto ao Cemitério Municipal de São Miguel Arcanjo.
Casou-se com Albertina Vieira Terra, nascida em 10 de junho de 1.912, filha de José Boaventura Vieira e de Maria Eliziária Vieira, falecida em 1o. de junho de 1.987 e também sepultada em São Miguel Arcanjo.

O casal teve duas filhas: Carmelita Terra Dias, nascida em 1.938 e Terezinha Terra.

O pai de Albertina, José Boaventura Vieira, acima, nasceu em 19 de abril de 1.880, em Itapetininga, filho de Vicente Antonio Vieira e Florisbela Dyonizia Vieira.
Foram padrinhos de batismo de José Boaventura Vieira: Bento Manoel de Almeida e Anna Joaquina no dia 31 de maio de 1.880 na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Itapetininga.
Casou-se com Maria Eliziária Vieira.
Faleceu no dia 30 de abril de 1.951 e foi declarante do óbito seu genro Milton Salles, casado com sua filha Nancy.
Descansa junto ao cemitério do Distrito de Gramadinho, Itapetininga.
Vicente Antonio Vieira
Vicente Antonio Vieira - (1853 - 1923), filho de Ignácio Vieira da Fonseca e de Mariana Joaquina Vieira, n
asceu no mês de dezembro do ano de 1853 em Itapetininga, SP. 
Foi batizado no dia 14 de janeiro de 1854, com um mês de vida, na Igreja Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga, SP. Foram seus padrinhos Quintiliano José Domingues e sua mulher Escolástica Maria. 
No dia 25 de novembro de 1901 foi testemunha do casamento de Joaquim Cristino Brisola com Fermina Maria Vieira.
Aos 23 anos de idade, no dia 8 de setembro de 1.877, na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga, casou-se com Floresbella Dyonízia Vieira.
Tornou-se conhecido por “Vicente Calaça”.
Faleceu aos 70 anos em consequência de uma picada de cobra cascavel e o óbito foi declarado por Olympio Demétrio, seu genro, casado com Maria.
A esposa de "Vicente Calaça", Floresbella Dyonizia Vieira era filha de Antonio Dionízio Vieira (ou Antonio Dionízio Guimarães) e de Maria de Deus Vieira (ou Maria de Deos Vieira).

Tornou-se conhecida por “Nhá Bela”.

O casal teve os filhos:
Francelina Vieira;
João Vieira;
Cypriano Diniz Vieira;
Marciliano Vieira;
Maria;
Francisca Vieira;
Igino Vieira;
Emílio Honório Vieira. (1895)
- informações do site genealogia Raízes e Folhas.

domingo, 24 de março de 2013

"BERNARDES JUNIOR"



 
Na segunda foto, vê-se Nenê Prado, José Prestes e o dr. Frank, como era carinhosamente chamado o dr. Bernardes Júnior, preparando-se para uma caçada de perdizes.

Se vivo, Francisco de Paula Bernardes Júnior - o Desembargador Bernardes Júnior - primeira foto do poster extraída do Vox Athenas - faria 126 anos em 2.013, pois nasceu no dia 28 de setembro de 1887, na Inglaterra. 
Em 1908, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e, em 1911 casou-se com Olívia Prestes de Albuquerque, irmã de Júlio Prestes de Albuquerque e filha do Coronel Fernando Prestes de Albuquerque.
O casal teve quatro filhos; a primogênita, Cordélia, faleceu precocemente. Também já falecidos: Cecília e Gil. A filha Maria Elisa Prestes Bernardes Siciliano nasceu no dia 28 de maio de 1.924; se ainda viva, logo terá 88 anos de idade, pois em 2.009 ela enviou um e-mail para o site da família Júlio Prestes de Albuquerque no seguinte teor:

(Maria Elisa Bernardes Siciliano Disse: 

Carolina,
Tenho 85 anos e sou filha de Olivia Prestes Bernardes filha do Cel. Fernando Prestes e lendo o que você escreveu sobre seus avós, não resisti e resolvi esclarecê-la sobre eles. Maria Olímpia é que era filha de tia Elisa e de tio Avelino Cesar. Seu avô chamava-se Mário Assunção, não era Prestes, como o avô de Fernando Martines Vieira o chamava que era o correto.
Sempre que precisar de informações pode me contactar pelo meu e-mail. 
Abraços,
Maria Elisa Prestes Bernardes Siciliano)

A filha Cecília casou-se com o advogado chamado José Martins Pinheiro Neto que teve o maior escritório de advocacia do Brasil e oxalá da América Latina e tiveram três filhos: José, conhecido como Zuca, Anna Cecília e Fernando Bernardes Pinheiro.
É este Fernando Bernardes Pinheiro que relata algumas coisas sobre o Dr. Bernardes Júnior para o mesmo site acima referido, assim:

Como curiosidade, lembro que desde criança ouvi a história de que, após ganhar as eleições para Presidente da República e do golpe de estado perpetrado por Getúlio Vargas, o exército foi prender Júlio Prestes que se encontrava no consulado da Inglaterra, junto com o seu cunhado Bernardes Junior que, àquela altura, ainda não era Desembargador. 
Quando bateram à porta do Consulado, este pediu alguns minutos ao Comandante da tropa do exército, subiu e voltou todo aparamentado com sua própria farda e disse ao Comandante que ele só prenderia Júlio Prestes “over his dead body”. Com isso, o Comandante achou melhor recuar e não prender Júlio Prestes, que ficou hospedado no consulado inglês até que o Cônsul o levou de carro até Santos para pegar um navio e seguir para o exílio. 

Bernardes Junior, apesar de inglês de nascimento, recusou-se a deixar o país e foi preso, tendo sua família buscado refúgio nas casas de amigos. O exército acabou invadindo a casa de Bernardes Júnior, a cavalo, e destruindo tudo que havia dentro. 

Em 1909, iniciou sua carreira como Delegado de Polícia de Capão Bonito. 
Posteriormente, foi promotor em Itaporanga, sendo, então, removido para Tietê. 
Em Itapetininga, foi professor da Escola Normal, advogado, vereador e presidente da Câmara Municipal. 
Foi eleito deputado estadual em duas legislaturas e líder na Câmara dos Deputados de São Paulo. 
Com a Revolução Constitucional de 32, seu nome foi um dos apontados como dos mais autorizados para ocupar o governo estadual. 
Em 1938 exerceu a presidência do Banco do Estado de São Paulo e, em seguida, desempenhou as altas funções de Desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado e também a de Corregedor Geral. 
Aposentado em 1950, dedicou-se às obras filantrópicas, tendo sido membro da Mesa Administrativa da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que lhe conferiu o título de Irmão Protetor. 
Faleceu em dois de maio de 1960 e teve, em Itapetininga, a consagração como jurista emérito na homenagem que lhe foi prestada quando se deu ao Fórum local o nome de Desembargador Bernardes Júnior.
Também emprestou seu nome à E.E Desembargador Bernardes Júnior, à Rua Itapetininga, s/n, Vila Arruda, em Itapetininga.
São Miguel Arcanjo homenageou o Dr. Frank colocando seu nome ao Clube Recreativo da cidade.
Outra foto:




Combatendo pela legalidade em 1924:

Em pé: da esquerda para direita: Mário Prestes Cesar, Cicero Cordeiro (Professor), 3° Alcides Cunha (Promotor Público), Francisco Fabiano Alves (Dentista), 5° João Vieira de Camargo (Médico e Professor), 6° Francisco de Paula Bernardes Junior (Advogado e Genro do CEL Prestes), 7° José Prestes de Albuquerque (Professor e filho do CEL Prestes), 8° Pericles Galvão (Professor), 9° Romeu de Moraes (Professor), 10° Procópio Augusto Ferreira Júnior (Professor), 11° Fernando Camargo Prestes (sobrinho do CEL Prestes).
Sentados, da esquerda para a direita: Prof. Elizário Martins de Melo, Eduardo Silveira da Mota, juiz de direito, comandante do batalhão Fernando Prestes, Coronel Prestes, Coronel do Exército Franco Ferreira, Deputado Federal Júlio Prestes.

O comandante da 1a. Companhia era o Dr. Bernardes Júnior. Leia:





O VELHO ESCREVEDOR DO BAIRRO DE SANTA CRUZ DOS MATOS..


No último dia do ano passado, recebi um e-mail escrito assim:

Qualquer hora eu vou a sua casa. 
Tenho que beijar-lhe as mãos e oscular seus pés pelo bem que me fez junto à Previdência. 
Nessa oportunidade recordaremos os bons tempos do MDB, da vida da cidade e tudo o mais que tenho de por em dia. 


Não gosto muito do Face ou orkut. Mas quebra bem o galho ao diminuir a distância. 

Insuportáveis são as postagens. 

As mensagens e as opiniões do Ariosto.

Não sei como ele escreveu um livro sobre história e posta na internet embaixo da foto da Santa Casa: "Dinheiro do povo". 

Será que ele acha que é o poder público quem construiu o hospital? 

Ali sempre foi dos vicentinos e demorou décadas para se erguer porque o povo não tinha dinheiro. 

E o dinheiro do povo está lá. 

Levem a leilão o imóvel e dividam o dinheiro com cada cidadão...

Não é possível a pessoa pensar pela metade. 

Depois, uma amiga dele endossa embaixo: "Obra superfaturada". 

A garota não tem mais que vinte anos. O que ela sabe da construção do hospital? Será que ela acha também que é obra do poder público aquele prédio? 

Gente que não lê e nem pesquisa. 

O nosso amigo Miguel Terra como jornalista lança cada pérola!!

É invasivo. 

Ser invasivo não é ser repórter furão. 

Mas eu gosto dessa gente. 

Como diz a Bíblia, "pessoas que não sabem distinguir os dedos da mão direita e da mão esquerda". 

Repetindo o livro santo, depois de uma certa idade só resta a este velho escrevedor de Santa Cruz dos Matos, enfado e canseira. 



OBS: Não citarei o nome do remetente, a menos que ele me autorize.

PRAÇA DE SANTA CRUZ DOS MATOS




Inauguração da Praça Izaltino Leme Pinheiro, no Bairro de Santa Cruz dos Matos, em São Miguel Arcanjo, no ano de 1.984.
A foto faz parte do acervo do filho do homenageado, Orlando Pinheiro.

A MORTE DO PEDRO GUSTAVO

Pedro Ribeiro, mais conhecido como Pedro Gustavo, tinha um comércio de bananas na Rua Miguel Terra, em São Miguel Arcanjo.
Ficava pegado a uma sapataria, bem ali onde os herdeiros do saudoso Pedro Ferreira possuem um pequeno restaurante.
Pedro Gustavo tinha uma filha adotiva que se casou com um elemento da família Fidélis. 
Com o genro é que ele viajava até Sete Barras ou Registro em busca de bons produtos para abastecer a sua venda.
Como referência do casal, quem passa pela altura do número 1.300 da Rua Dr. Fernando Costa, nota uma casa abandonada, bastante deteriorada pelo tempo; nela morou a filha do Pedro Gustavo.
Já velho, Pedro obteve autorização da Prefeitura da cidade para morar num quartinho que havia no prédio do antigo mercado, então desativado, onde hoje existe uma Creche, na Rua Monsenhor Henrique Volta.
Nesse tempo, a antiga banda lira ali fazia reuniões e ensaiava seus músicos sob as ordens do grande e saudoso maestro João Ortiz de Camargo.
O conhecido Braz da banda encarregava-se de manter sempre limpo o lugar.
No dia 20 de janeiro de 1.971, o povo da cidade acordou assustado por demais.
Encontraram o corpo de Pedro Ribeiro, o Pedro Gustavo, com a cabeça esmagada, na Rua Edwirges Monteiro.
Nessa época, tudo ali era campo, mas quem se lembra do crime diz que o corpo estava caído sob uma grande árvore, que não existe mais, bem ali onde hoje o comerciante Itiro Akutsu possui um barracão.
O cabo Vieira e mais dois soldados andaram atrás de pistas, reviraram o quartinho de Pedro Gustavo, mas não encontraram nada.
Nesse tempo, Sebastião Rodrigues, o Tião, era policial; também era policial o Armando soldado, pai do Osmar Rodrigues dos Santos; chegava em São Miguel, o Tenente Sílvio.
Quem matou o Pedro Gustavo?
Foi um soldado que aqui serviu.
Esse soldado, pouco antes de morrer, confessou o crime.
Até hoje não soubemos o nome do infeliz.
Quanto ao motivo?
O Pedro Gustavo sempre tinha um dinheirinho guardado.

quarta-feira, 20 de março de 2013

UM FIAPO DE HISTÓRIA




No ano de 1.941, os municípios que representavam a sexta zona agrícola do Estado estiveram reunidos com o Dr. Fernando Costa, na época Interventor Federal.
Faziam parte desse grupo as cidades de Cananeia, Iguape, Jacupiranga, Xiririca, Iporanga, Ribeira, Apiaí, Capão Bonito, Itararé, Itapeva, Buri, Itaberá, Itapetininga, Itaporanga, Taquari, Angatuba, Tatuí, Guareí, Itaí, Fartura, Porangaba, Piraju, Pereiras, Bofete, Avaré, Cerqueira César, Conchas, Bernardino de Campos, Piramboia, Botucatu, Óleo, Santa Bárbara do Rio Pardo, Santa Cruz do Rio Pardo, São Manuel, São Pedro do Turvo, Lençóis, Barra Bonita, Mineiros, Itatinga, Torrinha, Brotas, Dourado, Dois Córregos, São Pedro e SÃO MIGUEL ARCANJO.
O encontro deu-se no Palácio de Campos Elíseos.
Havia nessa referida região toda uma grande variedade de possibilidades econômicas.
As terras eram ricas.
Rochas no solo de São Manuel, Barra Bonita, Botucatu, Fartura e Taquari.
As regiões de Itapetininga, Tatuí e Itapeva eram grandes produtoras de algodão.
A policultura que se fazia em SÃO MIGUEL ARCANJO, Guareí, Angatuba, Registro, Iguape e Juquiá era digno de nota.
A região mineralógica estava compreendida pelos municípios de Apiaí, Iporanga, Jacupiranga, Xiririca, etc.
Representantes desse povo todo lá estiveram para pleitear mais assistência técnica à agricultura, à saúde, à educação escolar; exigir mais transporte; combate efetivo às saúvas; defesa sanitária da pecuária com fornecimento de inseticidas.
O Major Luiz Valio - na foto, à esquerda, na terceira fila, dentro do círculo, como representante da agricultura local.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL- 1.892 -



De acordo com o Estadão de 29 de maio de 1.892, São Miguel Arcanjo deu 160 votos para a eleição presidencial.
Alguns municípios da região apresentaram a seguinte votação:
Alambari: 63
Sarapuí: 137
Xiririca: 227
Capão Bonito: 213
Rio Bonito: 74
Faxina: 631
Piedade: 161
Areas: 132
Sorocaba: 301
São Roque: 197
Salto: 65
Boituva: 60
Itapetininga: 308
Apiaí: 98
Iguape: 247