quarta-feira, 4 de março de 2015

FRANCISCO VÁLIO, NOME DE AVENIDA EM ITAPETININGA, É NATURAL DE SÃO MIGUEL ARCANJO


Todavia, não foi na cidade em que nasceu que Francisco Válio deixou sua história.
Ao menos para valorizar um são-miguelense que criou asas e foi respeitadíssimo em toda a região, transcrevemos a trajetória de um homem simples, porém, cônscio como ninguém de suas responsabilidades como cidadão, tomando por base a revista da Associação Comercial de Itapetininga, ano de 2003, página 28, entidade da qual foi co-fundador.
 
Francisco Valio foi v
ereador, prefeito da Câmara Municipal de Pilar em 1911, e p
residente da Associação Comercial de Itapetininga (fundada em 09/07/1933), no mandato 1938-1939.

------"Chico não conhecia disciplinas incompatíveis nem exercícios opostos separados por divisórias intransponíveis. Graças ao seu talento, ao ecletismo de seu espírito, como intelectual, como professor, como profundo conhecedor das ciências exatas, como orador da palavra fácil e pensamento elevado, como gerente de uma casa bancária, como católico praticante, como filantropo que exercia a caridade sem reclamo ou ostentação, como político e, em sua delicada sensibilidade artística, como exímio cultor da música, o professor Francisco Válio foi o homem dos sete instrumentos mas sem os inumeráveis desastres que andam junto com a mediocridade".

Essa é uma parte do discurso do professor Jair Barth na homenagem da Associação Comercial ao sócio benemérito em 8 de junho de 1946, que, entre outras coisas, tece uma pequena biografia do homem.
Filho de Elias Válio e Maria Imaculada Ginesi Válio, "Chico" Válio nasceu em São Miguel Arcanjo no dia 8 de junho de 1888.
Ainda jovem, mudou-se para Pilar do Sul onde exerceu a função de viajante da conhecida empresa comercial Scarpa de Sorocaba. Depois, como um novo bandeirante, embrenhou-se sertão adentro dirigindo uma turma de trabalhadores que implantavam os postes de linha telegráfica.
Aos 21 anos, casou-se com Maria Eugênia Válio, com quem teve os filhos: Hilda, Zilda, Aparecida, Benedito, Benedita, Maria dos Prazeres, José, Celso, Elias, João, Maria Therezinha, Maria de Lourdes, Maria dos Prazeres II e Maria Imaculada; sete deles morreram pequenos.
Em 1920 enveredou para Itapetininga onde confirmou seu conhecimento autodidata na tradicional escola "Peixoto Gomide" e foi buscar novos rumos para a vida.
 
Trabalhou como colaborador na casa atacadista Irmãos Duarte, foi bancário como contador e gerente do Banco Agrícola e Cooperativa de Crédito de Itapetininga.
Foi fundador, vice-diretor e professor da Escola Técnica de Comércio e do Ginásio de Itapetininga. 
Esteve presente nos principais momentos da história local, como destaque para os primeiros encontros que resultaram na fundação da Associação Comercial, no ano de 1933. 
Foi presidente da entidade no ano de 1938 e exerceu vários cargos em diversas diretorias. 
Faleceu no dia 1º de maio de 1946.



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