sexta-feira, 18 de maio de 2012

PUBLICIDADE - "O PROGRESSO" - 28.02.1.932.


PAULO MAIA / SANTINA PINTO


EDITAL DE PROCLAMAS


((((  Faço saber que pretendem casar-se:
Paulo Maia e d. Santina Pinto. Ele solteiro, de profissão lavrador, com 24 anos de idade, natural do Rio Grande do Sul, Distrito de Santa Maria, e residente no Bairro do Pinhal deste Distrito, filho legitimo do finado João Maia e da finada dona Maria Maia. Ela, solteira, de prendas domesticas, com 18 anos de idade, natural do Bairro do Turvo, deste Distrito, e residente no Bairro do Pinhal, deste Distrito, filha legitima de Antonio Pinto, com 56 anos de idade, e de d. Maria Pinto, com 42 anos de idade.
Todos residentes neste Distrito.
Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 180 do Código Civil.
Si alguem souber existir algum impedimento, acuse-o nos termos da lei, para os fins legais.
S. Miguel Arcanjo, 22 de Fevereiro de 1.932.
O Oficial do Registro Civil,
Camilo José Gonçalves.)))))))))

- Transcrito de "O Progresso" de 28 de fevereiro de 1.932. Note-se  que houve mudança na grafia de certas palavras.



MARIA TEODORA VIEIRA.


Deu no jornal "O Progresso" de 28 de fevereiro de 1.932:

" Após longos dias de sofrimento, faleceu, nesta cidade, no dia 24 do corrente, a exma. sra. d. Maria Teodora Vieira, viúva do sr. Antonio Vieira de Proença.
A finada que contava com 73 anos de idade, era muito estimada nesta cidade, onde residia já há muitos anos.
Era mãe dos srs. capitão Marcolino Vieira, residente em Itapetininga, José Vieira e Antonio Vieira, residentes em Pilar do Sul, e Cassiano Vieira, residente nesta cidade.
O seu enterro realizou-se no dia seguinte, com grande acompanhamento.
Pêsames à exma. família enlutada."

DE QUANDO AS ESCOLAS REUNIDAS TORNARAM-SE GRUPO ESCOLAR.


Quando da reabertura das aulas nas Escolas Reunidas locais e nas escolas rurais do município de São Miguel Arcanjo, em 1o. de fevereiro de 1.932, o jornal "O Progresso", edição de 7 de fevereiro desse ano, em sua sessão intitulada "Várias", assim nos historiou:

- "Um frêmito de regozijo perpassou pelo nosso organismo social quando há poucos dias soube-se que as Escolas Reunidas locais foram elevadas a Grupo Escolar, podendo assim haver maior número de matrículas e melhor aproveitamento do ensino.
Em nada ficou alterado o entusiasmo do nosso povo pela exigência do selo de 2 mil reis em cada requerimento de matrícula.
A Associação de Pais e Mestres, os professores e cidadãos amantes do progresso movimentaram-se, levando a sua presença por toda parte em busca dos patriciosinhos nas condições de frequentarem a escola.
Não faltou dinheiro para os selos. Houve até sobras.
E foi assim que a 1o. de fevereiro corrente já se achavam matriculados 174 alunos para as 4 classes das Reunidas e mais 26 prontos para muito breve.
Uma notícia, porém,  de última hora, e de efeitos contristadores, veio arrefecer o nosso entusiasmo.
Na balbúrdia reinante nos arraiais do ensino, criada não sabemos por que sorte de prestidigitação, uma nova ordem de "coisas" foi resolvida.
O nosso efêmero Grupo Escolar foi suprimido e as nossas Escolas Reunidas obrigadas a funcionar apenas com 3 classes, ficando, por isso, em disponibilidade uma de nossas professoras.
E como as classes só poderão comportar 40 alunos, tivemos o desprazer de assistir o espetáculo deprimente para o ensino público, de ficarem sem instrução 54 dos alunos já matriculados, além dos 26 que para isso se achavam em preparo, caso fosse criada a 5a. classe a que nos referimos.
As reclamações que já se estão fazendo sentir fortemente por parte dos interessados, bem como pela população local que julga, e com razão, ser esse caso um caso de rebaixamento que, a não provir de uma emergência justificável, deve ser levado em conta do rebaixamento geral a quem tem sido submetido o nosso Estado inteiro nestes últimos tempos.
De um ou outro modo como se trata de instrução a que todos os brasileiros tem direito, é preciso que se lhes faça inteira justiça.
É o que solicitamos, por nossa vez, aos poderes competentes. - " 

O proprietário do jornal "O Progresso", nessa época, era Antenor Moreira Silvério; Acácio dos Santos Terra assinava como redator responsável.