terça-feira, 3 de julho de 2012

AS DIVISAS MUNICIPAIS

                 São Miguel Arcanjo - São Paulo


São Miguel Arcanjo limita-se: 

Ao Norte - com o município de Itapetininga: 
Começa no Rio Turvo, na foz do Córrego da Cachaça; sobe por este até a cabeceira do galho oriental; segue pelo divisor entre o Rio Capivari à esquerda e o Ribeirão das Antas à direita até a cabeceira do Córrego dos Almeida, pelo qual desce até sua foz no Ribeirão Grande ou Faxinal; segue pelo contraforte fronteiro até o divisor Faxinal -Mandioca; prossegue por este divisor até o divisor Mandioca - Lagoão; continua por este divisor em demanda da foz do Córrego Lagoão, no Ribeirão do Açude; segue pelo contraforte fronteiro até o divisor Açude – Laranja Azeda; prossegue por este divisor em demanda da foz do Córrego Santa Cruz dos Matos, pelo qual sobe até sua cabeceira mais oriental do braço da esquerda; segue pelo espigão fronteiro que deixa à esquerda o Córrego do Faxinal em demanda da cabeceira do Córrego da Divisa, pelo qual desce até sua foz no Córrego do Soares e, por este desce até a foz do Córrego Água do Pulador ou Bastião, formadores do Ribeirão da Campininha;

A Leste - com o município de Pilar do Sul: 
Começa na confluência do Córrego Água do Pulador ou Bastião e Córrego do Soares; sobe por aquele até a foz do Córrego Tapuruca, pelo qual sobe até sua cabeceira mais meridional; segue pelo divisor Água do Pulador ou Bastião - Borda ou da Serra em demanda da foz do Ribeirãozinho, no Ribeirão da Borda ou da Serra; sobe pelo Ribeirão da Borda ou da Serra até sua cabeceira mais meridional; segue pelo Espigão que separa as águas do Rio Turvo à direita e as do Rio Pinhal à esquerda até a Serra do Paranapiacaba; segue pela Serra até cruzar com o contraforte que finda no Ribeirão Tapera na foz da primeira água ao norte do Córrego do Ouro Fino;

OBS: O acordo entre os dois municípios data de 1.914 e foi lido na sessão da Câmara do dia 25 de maio de 1.914: “ Acordo feito entre a Câmara Municipal de Pilar e a Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo, com relação aos limites dos dois municípios, pelos seus representantes abaixo- assinados aos nove dias do mês de maio de mil novecentos e quatorze, às quinze horas e trinta minutos, na casa da residência do cidadão Samuel (ilegível) Nunes Ferreira, no Bairro do Alegre, presentes os cidadãos Tenente Antonio Fogaça de Almeida, Coronel João Balduino Ribeiro, Capitão Arthur das Chagas Monteiro e Tenente Abílio Ferreira Leme, representantes da Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo; Capitão(ilegível), Major Euzébio de Moraes Cunha, Capitão Elias Válio e Capitão Eloy Lacerda, o primeiro vereador e os três últimos representantes da Câmara Municipal de Pilar, munidos todos de poderes legais concedidos pelas respectivas Câmaras, foi dito que, tendo existido dúvidas na linha divisória dos dois municípios em relação aos bairros do Alegre e Pinhal, e não convindo este estado, que poderia prejudicar a harmonia que deve haver entre os municípios vizinhos e para evitar discórdias e complicações futuras, combinaram que ficasse estabelecida a seguinte linha divisória entre ambos:
= a divisa principia na Serra de Paranapiacaba, donde começa o espigão do Pico Grande, por este desce até as cachoeiras do Alegre Pequeno e por este abaixo até fazer barra com o Ribeirão do Alegre Grande, desce o Alegre Grande até ao Rumo do (ilegível- parece ser Corumum?), sendo pelo rumo deste até o Rumo dos terrenos de Bento (ilegível- parece ser Quevedo? Ou Gouvedo?) e dali no rumo direito a Água Espraiada e desta, a rumo direito até a cachoeira do Banhado do Bastião, segue por este até encontrar o padrão da divisa da Fazenda do Coronel Olympio Rosa com José Alves de Paiva, seguindo o mesmo rumo da Fazenda referida, dividindo com Bento José de Pinho, Manoel Francisco de Queiroz, até o rumo da Fazenda do Coronel Olympio Rosa, por este abaixo até cair no 
Ribeirão dos Soares e por este abaixo até fazer(está ilegível) com o Rio Itapetininga.”
Este acordo foi levado aos poderes competentes do Estado, a fim de ser aprovado e convertido em lei. No entanto, esse acordo continuou dando problemas. Para normalizar a situação foi preciso a interferência do presidente do Estado, Washington Luiz Pereira de Souza.

Ao Sul - com o município de Tapiraí: 
Começa na Serra do Paranapiacaba, no ponto de cruzamento com o contraforte que morre no Ribeirão Tapera na foz do primeiro Córrego ao norte do Córrego Ouro Fino; segue por este contraforte até a citada foz; sobe pelo referido Córrego até sua cabeceira na Serra do Paranapiacaba; continua por esta Serra até o Espigão entre as águas do Ribeirão dos Pereiras de um lado e as do Ribeirão Travessão de outro;

Ainda ao Sul - com o município de Sete Barras: 
Começa na Serra do Paranapiacaba no ponto de cruzamento com o Espigão entre os Ribeirões dos Pereiras e Travessão; segue pela crista da Serra até a cabeceira mais meridional do Rio Taquaral;

A Oeste - com o município de Capão Bonito: 
Começa na Serra do Paranapiacaba onde tem o nome local de Serra dos Agudos Grandes na cabeceira mais meridional do Rio Taquaral pelo qual desce até a foz do Córrego Brejauva e por este acima até sua cabeceira mais setentrional no Espigão entre as águas dos Rios Taquaral e Paranapanema à esquerda, e as do Rio Turvo á direita; segue por este Espigão até a cabeceira mais meridional do Córrego da Fazenda Antiga pelo qual desce até o Rio Turvo e por este ainda até a foz do Córrego da Cachaça, onde tiveram início estas divisas.

LAVRADORES RECEBERAM TERRAS

Cerca de 80 pequenos lavradores do município de São Miguel Arcanjo receberam, no dia 11 de setembro de 1.968, os títulos de propriedade das terras que ocupavam nos bairros de Taquaral e Turvinho.
A entrega dos títulos, determinada pelo Secretário Luiz Francisco da Silva Coelho, da Justiça, e autorizada pelo Governador Abreu Sodré, enquadrava-se na política do governo, qual seja, a de propiciar condições para a fixação do homem do campo à terra.
Regularizada a posse da gleba que cultivava, o lavrador se viu apto a obter financiamentos e outros auxílios governamentais para o desenvolvimento de suas atividades.
O Governador Abreu Sodré e o Secretário da Justiça vieram a São Miguel, na data marcada, a bordo de um helicóptero, a fim de procederem, pessoalmente, à entrega dos certificados, em solenidade preparada pelos próprios agricultores.
Fonte: "Estadão" - 21.09.1.968. 

ACHEGAS PARA A HISTÓRIA DA IGREJA MATRIZ DE SÃO MIGUEL ARCANJO.



Um dos mais belos templos religiosos da região, a Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo tem sido, desde a sua construção, o símbolo da fé de um povo que jamais mediu esforços para vê-la terminada. 
Desde o término da obra, nada mudou no seu exterior. Todavia, desde a sacristia até o altar, muita coisa foi dela retirado. 
Considerada um dos cartões postais mais significativos da cidade, deve-se essa maravilha ao esforço de uma coletividade inteira que servirá de exemplo às novas gerações.
Foi o padre Carlos Regattieri quem começou a sonhar com um templo maior que melhor abrigasse seu seleto rebanho. 
Havia até mesmo uns desenhos confeccionados pelo engenheiro Pieroni, todos em estilos góticos, os quais foram bastante analisados e, de posse desses desenhos, o padre andou atrás dos plantadores de algodão para tentar realizar a obra, pois sabia da impossibilidade financeira do povo do lugar que era muito pobre. 
Imaginava ele que se cada agricultor doasse uma arroba do seu produto tornaria possível a concretização do sonho. No entanto, o algodão naquela época não deu lucro para nenhum dos cotonicultores devido a algumas pragas que infestaram as suas plantações.
Assim, o sonho do Padre Carlos Regattieri foi adiado e ele também acabou sendo transferido de São Miguel Arcanjo para o município de Cerquilho no ano de 1.944.
Para que a cidade não permanecesse sem vigário, o padre Caetano Josino, responsável pela paróquia de Pilar do Sul, também passou a responsabilizar-se pela paróquia, visitando-a de quinze em quinze dias. 
Suas refeições eram feitas ora na casa do Major Luiz Válio ora na de Leôncio de Góes. 
Numa dessas paradas para o almoço, o padre se saiu com a ideia de iniciar os trabalhos de levantamento da nova Igreja. 
Só necessitava de uns 200 mil réis. 
Leôncio de Góes se encheu de coragem e começou a coordenar um movimento para a criação de uma comissão disposta a encetar uma longa empreitada atrás de colaboração financeira quer de políticos, quer de agricultores e do povo em geral.
Fizeram parte da comissão: Nestor Fogaça, José dos Santos Terra, Benedito Antonio de Souza, Hildebrando Leonel Ferreira, Michel Abrão, Narlir Miguel, Joaquim de Almeida, Francisco Rosa e Antonio B. Ribeiro. 
A planta foi aprovada pelo D. José Carlos de Aguirre, Bispo da Diocese de Sorocaba. 
A pedra fundamental foi assentada no primeiro dia de dezembro de 1.944 com a presença do prefeito da época, Major Luiz Válio, demais autoridades civis e militares e o povo em geral. 
O representante do bispo, Antonio Ferreira Leme, também presenciou o ato. 
Os trabalhos, porém, tiveram início só no dia 02 de janeiro de 1.945, devido às festas de fim de ano.
Começou, a partir de então, uma agitação tão grande como jamais se viu na história da cidade.
Toda a população engajou-se. Ninguém mediu esforços para ajudar. 
Cada comerciante da localidade contribuiu com a importância de quatro mil cruzeiros.
O Padre Caetano Josino, porém, não pode continuar ajudando na seqüência dos trabalhos, pois teve que voltar para sua paróquia, Pilar do Sul, definitivamente. 
Em seu lugar, o Padre Humberto Ghizzi que, ao chegar na cidade já pode utilizar-se do altar mor da nova igreja, oficializando a primeira missa no dia 06 de janeiro de 1.946. 
O padre Humberto também foi embora para outra paróquia e em seu lugar chegou o mais estimado de todos os padre que já passaram pela cidade, o padre Francisco Ribeiro, de Sorocaba, que só deixou seu rebanho quando faleceu, estando entre seus fiéis de 06 de fevereiro de 1.947 até 03 de março de 1.882. 
Foram seus primeiros coroinhas: Zé da Cota, Ivan de Góes, Chatuco, José Guedes, Filhinho, Antonio Galvão Terra e Antonio Terra. 
A construção terminou em definitivo no ano de 1.962. 
O total gasto na obra orçou em $ 61.077,43, quantia que hoje não daria para comprar nem os ladrilhos, como dizia o Padre Francisco.
O engenheiro responsável pela obra chamava-se Renato Scoponi, que hoje empresta seu nome a antiga Praça do Cruzeiro. 
O templo, em estilo gótico, abriga mais de 5 mil fiéis.
O relógio foi ofertado pelo libanês João Tomaz Webb, morador em São Paulo, a pedido do então prefeito Major Luiz Válio, que, ao saber que esse senhor havia recebido um bom prêmio da Loteria Federal, logo foi interceder pelo benefício.
A pia batismal foi ofertada pela colônia sírio- libanesa em 1.949. 
A placa em homenagem ao arcanjo São Miguel foi uma doação de Nestor Fogaça e família em 1.949. 
O portão dourado da saleta à esquerda da entrada principal foi doado pela família Torrell em 29 de setembro de 1.949.
Os vitrais foram doados por diversas famílias, e mais: de Antonio Primo Nalesso, da Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo, da Empresa de Ônibus São Miguel e das Associações religiosas.
A sacristia do lado da epístola ficou em 42 mil cruzeiros e a do lado do evangelho em 30 mil cruzeiros. 
A nave do lado da epístola custou 11 mil cruzeiros (cada abóbada até em baixo). 
Toda a nave ficou em 50 mil cruzeiros. 
O acabamento externo findou em 1.958.
Lindos o piso do altar mor, todo em mármore, a mesa da comunhão também em mármore e degraus retos, curvas e portão em bronze. 
No ano de 1.965, o serviço de alto falante compunha-se de 22 caixas, amplificador, 2 microfones, 300 metros de fio, sonora, etc. 
As colunas e os capitéis foram revestidos e decorados pela empresa de Carlos Alberto Virgili que cobrou na época a importância de 250 mil cruzeiros; eram trabalhos em granelito polido com base, molduras e capitéis em gesso, estilo gótico. 
As paredes internas receberam serviços de lambris em granelito na cor creme, bonfim e madrepérola. 
Esses trabalhos foram entregues em 1.962.
As colunas, as meia colunas e os capitéis à esquerda da porta principal foram doados, na sequência, a começar pela meia lua, por Bento, Olímpio França e Filhos; Irmandade do Santíssimo; Congregação Mariana; Olímpio Dias e Filhos; Azarias Macário do Espírito Santo e família; Família Terra; Harif Miguel Daniel, Narlir Miguel e Filhos; Benedito Silva e Sérgio dos Santos França; Famílias Ribeiro, Pacheco, Santos e Altinier; Munira Ozzi Abrão e Filhos. 
Já as colunas, as meia colunas e os capitéis da direita de quem entra pela porta principal foram doados, na sequência, por José Ferreira Albuquerque; Manoel e Olga Fogaça; Paulo Fogaça e Filhos; Família Zacarias; Mário Carraro e senhora; Irmãos Fogaça; Maria das Dores de Oliveira; Nestor Guedes e Bárbara Coelho; Antonio Piedade e Filhos e Ademir Monteiro e Osvaldo Terra. 
Outras pessoas que ajudaram como doadores: Usina de Força e Luz (60 sacas de cimento), Sebastião Ferreira (candelabro), Congregação Mariana (20 mil cruzeiros para ajudar na compra de madeiramento), Hildebrando Leonel (dois anjos para o batistério), Moacir Graciano (700 metros quadrados de ladrilhos em 4 cores para o piso). 
Com doações em dinheiro, a Assembléia Legislativa de São Paulo, e os deputados Antonio Vieira Sobrinho, Nelson Fernandes, Gabriel Meglione, Diógenes Ribeiro de Lima e Brasílio Machado Neto. 
Os restos mortais do padre Francisco Ribeiro estão encerrados na parede à esquerda de quem entra pela porta principal. 


ACHEGAS PARA A HISTÓRIA DA IGREJA MATRIZ DE SÃO MIGUEL ARCANJO.



Um dos mais belos templos religiosos da região, a Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo tem sido, desde a sua construção, o símbolo da fé de um povo que jamais mediu esforços para vê-la terminada. 
Desde o término da obra, nada mudou no seu exterior. Todavia, desde a sacristia até o altar, muita coisa foi dela retirado. 
Considerada um dos cartões postais mais significativos da cidade, deve-se essa maravilha ao esforço de uma coletividade inteira que servirá de exemplo às novas gerações.
Foi o padre Carlos Regattieri quem começou a sonhar com um templo maior que melhor abrigasse seu seleto rebanho. 
Havia até mesmo uns desenhos confeccionados pelo engenheiro Pieroni, todos em estilos góticos, os quais foram bastante analisados e, de posse desses desenhos, o padre andou atrás dos plantadores de algodão para tentar realizar a obra, pois sabia da impossibilidade financeira do povo do lugar que era muito pobre. 
Imaginava ele que se cada agricultor doasse uma arroba do seu produto tornaria possível a concretização do sonho. No entanto, o algodão naquela época não deu lucro para nenhum dos cotonicultores devido a algumas pragas que infestaram as suas plantações.
Assim, o sonho do Padre Carlos Regattieri foi adiado e ele também acabou sendo transferido de São Miguel Arcanjo para o município de Cerquilho no ano de 1.944.
Para que a cidade não permanecesse sem vigário, o padre Caetano Josino, responsável pela paróquia de Pilar do Sul, também passou a responsabilizar-se pela paróquia, visitando-a de quinze em quinze dias. 
Suas refeições eram feitas ora na casa do Major Luiz Válio ora na de Leôncio de Góes. 
Numa dessas paradas para o almoço, o padre se saiu com a ideia de iniciar os trabalhos de levantamento da nova Igreja. 
Só necessitava de uns 200 mil réis. 
Leôncio de Góes se encheu de coragem e começou a coordenar um movimento para a criação de uma comissão disposta a encetar uma longa empreitada atrás de colaboração financeira quer de políticos, quer de agricultores e do povo em geral.
Fizeram parte da comissão: Nestor Fogaça, José dos Santos Terra, Benedito Antonio de Souza, Hildebrando Leonel Ferreira, Michel Abrão, Narlir Miguel, Joaquim de Almeida, Francisco Rosa e Antonio B. Ribeiro. 
A planta foi aprovada pelo D. José Carlos de Aguirre, Bispo da Diocese de Sorocaba. 
A pedra fundamental foi assentada no primeiro dia de dezembro de 1.944 com a presença do prefeito da época, Major Luiz Válio, demais autoridades civis e militares e o povo em geral. 
O representante do bispo, Antonio Ferreira Leme, também presenciou o ato. 
Os trabalhos, porém, tiveram início só no dia 02 de janeiro de 1.945, devido às festas de fim de ano.
Começou, a partir de então, uma agitação tão grande como jamais se viu na história da cidade.
Toda a população engajou-se. Ninguém mediu esforços para ajudar. 
Cada comerciante da localidade contribuiu com a importância de quatro mil cruzeiros.
O Padre Caetano Josino, porém, não pode continuar ajudando na seqüência dos trabalhos, pois teve que voltar para sua paróquia, Pilar do Sul, definitivamente. 
Em seu lugar, o Padre Humberto Ghizzi que, ao chegar na cidade já pode utilizar-se do altar mor da nova igreja, oficializando a primeira missa no dia 06 de janeiro de 1.946. 
O padre Humberto também foi embora para outra paróquia e em seu lugar chegou o mais estimado de todos os padre que já passaram pela cidade, o padre Francisco Ribeiro, de Sorocaba, que só deixou seu rebanho quando faleceu, estando entre seus fiéis de 06 de fevereiro de 1.947 até 03 de março de 1.882. 
Foram seus primeiros coroinhas: Zé da Cota, Ivan de Góes, Chatuco, José Guedes, Filhinho, Antonio Galvão Terra e Antonio Terra. 
A construção terminou em definitivo no ano de 1.962. 
O total gasto na obra orçou em $ 61.077,43, quantia que hoje não daria para comprar nem os ladrilhos, como dizia o Padre Francisco.
O engenheiro responsável pela obra chamava-se Renato Scoponi, que hoje empresta seu nome a antiga Praça do Cruzeiro. 
O templo, em estilo gótico, abriga mais de 5 mil fiéis.
O relógio foi ofertado pelo libanês João Tomaz Webb, morador em São Paulo, a pedido do então prefeito Major Luiz Válio, que, ao saber que esse senhor havia recebido um bom prêmio da Loteria Federal, logo foi interceder pelo benefício.
A pia batismal foi ofertada pela colônia sírio- libanesa em 1.949. 
A placa em homenagem ao arcanjo São Miguel foi uma doação de Nestor Fogaça e família em 1.949. 
O portão dourado da saleta à esquerda da entrada principal foi doado pela família Torrell em 29 de setembro de 1.949.
Os vitrais foram doados por diversas famílias, e mais: de Antonio Primo Nalesso, da Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo, da Empresa de Ônibus São Miguel e das Associações religiosas.
A sacristia do lado da epístola ficou em 42 mil cruzeiros e a do lado do evangelho em 30 mil cruzeiros. 
A nave do lado da epístola custou 11 mil cruzeiros (cada abóbada até em baixo). 
Toda a nave ficou em 50 mil cruzeiros. 
O acabamento externo findou em 1.958.
Lindos o piso do altar mor, todo em mármore, a mesa da comunhão também em mármore e degraus retos, curvas e portão em bronze. 
No ano de 1.965, o serviço de alto falante compunha-se de 22 caixas, amplificador, 2 microfones, 300 metros de fio, sonora, etc. 
As colunas e os capitéis foram revestidos e decorados pela empresa de Carlos Alberto Virgili que cobrou na época a importância de 250 mil cruzeiros; eram trabalhos em granelito polido com base, molduras e capitéis em gesso, estilo gótico. 
As paredes internas receberam serviços de lambris em granelito na cor creme, bonfim e madrepérola. 
Esses trabalhos foram entregues em 1.962.
As colunas, as meia colunas e os capitéis à esquerda da porta principal foram doados, na sequência, a começar pela meia lua, por Bento, Olímpio França e Filhos; Irmandade do Santíssimo; Congregação Mariana; Olímpio Dias e Filhos; Azarias Macário do Espírito Santo e família; Família Terra; Harif Miguel Daniel, Narlir Miguel e Filhos; Benedito Silva e Sérgio dos Santos França; Famílias Ribeiro, Pacheco, Santos e Altinier; Munira Ozzi Abrão e Filhos. 
Já as colunas, as meia colunas e os capitéis da direita de quem entra pela porta principal foram doados, na sequência, por José Ferreira Albuquerque; Manoel e Olga Fogaça; Paulo Fogaça e Filhos; Família Zacarias; Mário Carraro e senhora; Irmãos Fogaça; Maria das Dores de Oliveira; Nestor Guedes e Bárbara Coelho; Antonio Piedade e Filhos e Ademir Monteiro e Osvaldo Terra. 
Outras pessoas que ajudaram como doadores: Usina de Força e Luz (60 sacas de cimento), Sebastião Ferreira (candelabro), Congregação Mariana (20 mil cruzeiros para ajudar na compra de madeiramento), Hildebrando Leonel (dois anjos para o batistério), Moacir Graciano (700 metros quadrados de ladrilhos em 4 cores para o piso). 
Com doações em dinheiro, a Assembléia Legislativa de São Paulo, e os deputados Antonio Vieira Sobrinho, Nelson Fernandes, Gabriel Meglione, Diógenes Ribeiro de Lima e Brasílio Machado Neto. 
Os restos mortais do padre Francisco Ribeiro estão encerrados na parede à esquerda de quem entra pela porta principal. 


DICAS PARA MORADORES NOVOS

Se você veio de fora e aqui reside no momento ou tenciona não ir mais embora daqui, a seguir vão algumas dicas para que possa conviver melhor com a gente do lugar: 

- Aprenda a usar expressões como ‘ché’, ‘baita’, 
‘credo’, ‘Nossa Senhora’, ‘Ô loco’, ‘Virge Maria’; 
- Mesmo que nunca tenha ido, diga que já foi a Iguape a pé ou a cavalo; se for mais velho, diga que já foi até num pau de arara; 
- Ajude a lavar a imagem de São João na madrugada do dia 24 de junho; 
- Demore para aceitar uma novidade que acabou de chegar na cidade para não ser taxado de caipira; 
- Visite a Lagoa do Guapé nem que seja só para dar uma ‘pitadinha’; 
- Coma pastel na feira livre de quinta-feira, mas guarde uns trocados para comer também na feira de domingo que é mais movimentada; 
- Não passe fome; tem guardamento no Velório dos Camargo quase todos os dias e a parceria com as famílias dos moribundos possibilita que haja ali pão com mortadela de montão; 
- Se não quiser falar mal dos vereadores a semana toda, nem correr risco de infarto, não prestigie as sessões da Câmara que são realizadas nas segundas-feiras; 
- Nunca deseje que dê certo qualquer atividade ou iniciativa da qual você não faça parte; 
- Para poder sobreviver, arranje uma ‘panelinha’; 
- Conheça o Parque Estadual de Carlos Botelho, uma porção de floresta e patrimônio da Humanidade, que se situa, ao menos uma parcela, em território pertencente aos são-miguelenses. 

OS DEZ MANDAMENTOS.


Um autêntico são-miguelense precisa saber quais são e cumprir estes dez mandamentos. 
A autoria deles é desconhecida:

1 – Ir a pé todos os anos na festa do Bom Jesus de Iguape;
  2 – Viajar de lotação para pagar promessa à Nossa Senhora Aparecida na cidade de Aparecida do Norte;
  3 – Lavar a imagem do São João na festa do Asilo;
  4 – Comer arroz com frango surrupiado de algum quintal;
  5 – Comer pastel nas feiras de quinta e de domingo;
  6 – Nadar nem que seja rapidinho nas águas do Rio Taquaral;
  7 – Nascer falando “Xé”;
  8 – Pescar com vara na Lagoa do Guapé;
  9 – Levar uma pedrinha para “Santa” Tuquinha no dia de Finados;
10 – Conhecer o Parque Estadual Carlos Botelho, que ao menos um pedaço é nosso.