domingo, 24 de março de 2013

"BERNARDES JUNIOR"



 
Na segunda foto, vê-se Nenê Prado, José Prestes e o dr. Frank, como era carinhosamente chamado o dr. Bernardes Júnior, preparando-se para uma caçada de perdizes.

Se vivo, Francisco de Paula Bernardes Júnior - o Desembargador Bernardes Júnior - primeira foto do poster extraída do Vox Athenas - faria 126 anos em 2.013, pois nasceu no dia 28 de setembro de 1887, na Inglaterra. 
Em 1908, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e, em 1911 casou-se com Olívia Prestes de Albuquerque, irmã de Júlio Prestes de Albuquerque e filha do Coronel Fernando Prestes de Albuquerque.
O casal teve quatro filhos; a primogênita, Cordélia, faleceu precocemente. Também já falecidos: Cecília e Gil. A filha Maria Elisa Prestes Bernardes Siciliano nasceu no dia 28 de maio de 1.924; se ainda viva, logo terá 88 anos de idade, pois em 2.009 ela enviou um e-mail para o site da família Júlio Prestes de Albuquerque no seguinte teor:

(Maria Elisa Bernardes Siciliano Disse: 

Carolina,
Tenho 85 anos e sou filha de Olivia Prestes Bernardes filha do Cel. Fernando Prestes e lendo o que você escreveu sobre seus avós, não resisti e resolvi esclarecê-la sobre eles. Maria Olímpia é que era filha de tia Elisa e de tio Avelino Cesar. Seu avô chamava-se Mário Assunção, não era Prestes, como o avô de Fernando Martines Vieira o chamava que era o correto.
Sempre que precisar de informações pode me contactar pelo meu e-mail. 
Abraços,
Maria Elisa Prestes Bernardes Siciliano)

A filha Cecília casou-se com o advogado chamado José Martins Pinheiro Neto que teve o maior escritório de advocacia do Brasil e oxalá da América Latina e tiveram três filhos: José, conhecido como Zuca, Anna Cecília e Fernando Bernardes Pinheiro.
É este Fernando Bernardes Pinheiro que relata algumas coisas sobre o Dr. Bernardes Júnior para o mesmo site acima referido, assim:

Como curiosidade, lembro que desde criança ouvi a história de que, após ganhar as eleições para Presidente da República e do golpe de estado perpetrado por Getúlio Vargas, o exército foi prender Júlio Prestes que se encontrava no consulado da Inglaterra, junto com o seu cunhado Bernardes Junior que, àquela altura, ainda não era Desembargador. 
Quando bateram à porta do Consulado, este pediu alguns minutos ao Comandante da tropa do exército, subiu e voltou todo aparamentado com sua própria farda e disse ao Comandante que ele só prenderia Júlio Prestes “over his dead body”. Com isso, o Comandante achou melhor recuar e não prender Júlio Prestes, que ficou hospedado no consulado inglês até que o Cônsul o levou de carro até Santos para pegar um navio e seguir para o exílio. 

Bernardes Junior, apesar de inglês de nascimento, recusou-se a deixar o país e foi preso, tendo sua família buscado refúgio nas casas de amigos. O exército acabou invadindo a casa de Bernardes Júnior, a cavalo, e destruindo tudo que havia dentro. 

Em 1909, iniciou sua carreira como Delegado de Polícia de Capão Bonito. 
Posteriormente, foi promotor em Itaporanga, sendo, então, removido para Tietê. 
Em Itapetininga, foi professor da Escola Normal, advogado, vereador e presidente da Câmara Municipal. 
Foi eleito deputado estadual em duas legislaturas e líder na Câmara dos Deputados de São Paulo. 
Com a Revolução Constitucional de 32, seu nome foi um dos apontados como dos mais autorizados para ocupar o governo estadual. 
Em 1938 exerceu a presidência do Banco do Estado de São Paulo e, em seguida, desempenhou as altas funções de Desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado e também a de Corregedor Geral. 
Aposentado em 1950, dedicou-se às obras filantrópicas, tendo sido membro da Mesa Administrativa da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que lhe conferiu o título de Irmão Protetor. 
Faleceu em dois de maio de 1960 e teve, em Itapetininga, a consagração como jurista emérito na homenagem que lhe foi prestada quando se deu ao Fórum local o nome de Desembargador Bernardes Júnior.
Também emprestou seu nome à E.E Desembargador Bernardes Júnior, à Rua Itapetininga, s/n, Vila Arruda, em Itapetininga.
São Miguel Arcanjo homenageou o Dr. Frank colocando seu nome ao Clube Recreativo da cidade.
Outra foto:




Combatendo pela legalidade em 1924:

Em pé: da esquerda para direita: Mário Prestes Cesar, Cicero Cordeiro (Professor), 3° Alcides Cunha (Promotor Público), Francisco Fabiano Alves (Dentista), 5° João Vieira de Camargo (Médico e Professor), 6° Francisco de Paula Bernardes Junior (Advogado e Genro do CEL Prestes), 7° José Prestes de Albuquerque (Professor e filho do CEL Prestes), 8° Pericles Galvão (Professor), 9° Romeu de Moraes (Professor), 10° Procópio Augusto Ferreira Júnior (Professor), 11° Fernando Camargo Prestes (sobrinho do CEL Prestes).
Sentados, da esquerda para a direita: Prof. Elizário Martins de Melo, Eduardo Silveira da Mota, juiz de direito, comandante do batalhão Fernando Prestes, Coronel Prestes, Coronel do Exército Franco Ferreira, Deputado Federal Júlio Prestes.

O comandante da 1a. Companhia era o Dr. Bernardes Júnior. Leia:





O VELHO ESCREVEDOR DO BAIRRO DE SANTA CRUZ DOS MATOS..


No último dia do ano passado, recebi um e-mail escrito assim:

Qualquer hora eu vou a sua casa. 
Tenho que beijar-lhe as mãos e oscular seus pés pelo bem que me fez junto à Previdência. 
Nessa oportunidade recordaremos os bons tempos do MDB, da vida da cidade e tudo o mais que tenho de por em dia. 


Não gosto muito do Face ou orkut. Mas quebra bem o galho ao diminuir a distância. 

Insuportáveis são as postagens. 

As mensagens e as opiniões do Ariosto.

Não sei como ele escreveu um livro sobre história e posta na internet embaixo da foto da Santa Casa: "Dinheiro do povo". 

Será que ele acha que é o poder público quem construiu o hospital? 

Ali sempre foi dos vicentinos e demorou décadas para se erguer porque o povo não tinha dinheiro. 

E o dinheiro do povo está lá. 

Levem a leilão o imóvel e dividam o dinheiro com cada cidadão...

Não é possível a pessoa pensar pela metade. 

Depois, uma amiga dele endossa embaixo: "Obra superfaturada". 

A garota não tem mais que vinte anos. O que ela sabe da construção do hospital? Será que ela acha também que é obra do poder público aquele prédio? 

Gente que não lê e nem pesquisa. 

O nosso amigo Miguel Terra como jornalista lança cada pérola!!

É invasivo. 

Ser invasivo não é ser repórter furão. 

Mas eu gosto dessa gente. 

Como diz a Bíblia, "pessoas que não sabem distinguir os dedos da mão direita e da mão esquerda". 

Repetindo o livro santo, depois de uma certa idade só resta a este velho escrevedor de Santa Cruz dos Matos, enfado e canseira. 



OBS: Não citarei o nome do remetente, a menos que ele me autorize.

PRAÇA DE SANTA CRUZ DOS MATOS




Inauguração da Praça Izaltino Leme Pinheiro, no Bairro de Santa Cruz dos Matos, em São Miguel Arcanjo, no ano de 1.984.
A foto faz parte do acervo do filho do homenageado, Orlando Pinheiro.

A MORTE DO PEDRO GUSTAVO

Pedro Ribeiro, mais conhecido como Pedro Gustavo, tinha um comércio de bananas na Rua Miguel Terra, em São Miguel Arcanjo.
Ficava pegado a uma sapataria, bem ali onde os herdeiros do saudoso Pedro Ferreira possuem um pequeno restaurante.
Pedro Gustavo tinha uma filha adotiva que se casou com um elemento da família Fidélis. 
Com o genro é que ele viajava até Sete Barras ou Registro em busca de bons produtos para abastecer a sua venda.
Como referência do casal, quem passa pela altura do número 1.300 da Rua Dr. Fernando Costa, nota uma casa abandonada, bastante deteriorada pelo tempo; nela morou a filha do Pedro Gustavo.
Já velho, Pedro obteve autorização da Prefeitura da cidade para morar num quartinho que havia no prédio do antigo mercado, então desativado, onde hoje existe uma Creche, na Rua Monsenhor Henrique Volta.
Nesse tempo, a antiga banda lira ali fazia reuniões e ensaiava seus músicos sob as ordens do grande e saudoso maestro João Ortiz de Camargo.
O conhecido Braz da banda encarregava-se de manter sempre limpo o lugar.
No dia 20 de janeiro de 1.971, o povo da cidade acordou assustado por demais.
Encontraram o corpo de Pedro Ribeiro, o Pedro Gustavo, com a cabeça esmagada, na Rua Edwirges Monteiro.
Nessa época, tudo ali era campo, mas quem se lembra do crime diz que o corpo estava caído sob uma grande árvore, que não existe mais, bem ali onde hoje o comerciante Itiro Akutsu possui um barracão.
O cabo Vieira e mais dois soldados andaram atrás de pistas, reviraram o quartinho de Pedro Gustavo, mas não encontraram nada.
Nesse tempo, Sebastião Rodrigues, o Tião, era policial; também era policial o Armando soldado, pai do Osmar Rodrigues dos Santos; chegava em São Miguel, o Tenente Sílvio.
Quem matou o Pedro Gustavo?
Foi um soldado que aqui serviu.
Esse soldado, pouco antes de morrer, confessou o crime.
Até hoje não soubemos o nome do infeliz.
Quanto ao motivo?
O Pedro Gustavo sempre tinha um dinheirinho guardado.