quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

GRUPO ESCOLAR - ESCOLAS REUNIDAS




O casarão que ficava em frente à casa de Bento França na Rua Siqueira Campos.

AS RUAS DE SÃO MIGUEL ARCANJO


Aos poucos foram os prédios da cidade sendo alinhados pelo arruador, com assistência do Fiscal e Secretário da Câmara e passadas em livro próprio rubricado pelo presidente.
As ruas e travessas que se abrissem deveriam ter 12 metros de largura, dentro dos limites da Vila, era o que rezava a lei.
- Rua Dom Antonio de Alvarenga foi o primeiro nome dado à rua que passa defronte à Igreja da Matriz (isso, no ano de 1.902); só bem mais tarde é que passou a chamar-se Rua Monsenhor Henrique Volta;
- Rua do Comércio – nela se reunia a Câmara de Vereadores depois de vinte anos da emancipação e com o prédio construído naquela época já precisando de reformas; era a antiga Rua do Guapé, que assim se chamou depois de ser dividida: principiava no Largo da Matriz e terminava na Praça Colaço; atravessava as Ruas Nova, Bonita e São João (esta, aberta apenas em 1.925); nela, o Antenor Moreira Silvério possuía sua farmácia.
Outros moradores na Rua do Comércio: João Cavacini, que se tornou proprietário do terreno onde havia, antes, a cadeia velha, e Maria Joaquina. 
No ano de 1.899, nela foram plantados diversos coqueiros e colocadas grades de paus para protegê-los do mau tempo e de vandalismos. 
No ano de 1.923, passou a chamar-se Rua Júlio Prestes, no ano de 1.931 tinha o nome de Adriano Marrey e, hoje, é a Rua Siqueira Campos. 
- Rua Santa Cruz, onde Delmiro Januário de Araújo possuía sua data; 
- Rua Esperança;
- Rua Alegre;
- Rua do Guapé começava no Largo da Matriz e seguia até o Ribeirão do Guapé, onde possuía uma espécie de ponte chamada de ‘Passo do Guapé’ e utilizada pelos moradores da Vila quando queriam contatar-se com a periferia. 
Os primeiros moradores da Rua do Guapé foram: Paulina Maria dos Prazeres, vulgo Paulina Fidelis, Pedro Nogueira do Nascimento e João Manoel Ribeiro.
- Rua Intendente Francisco A. Monteiro;
- Rua 7 de Setembro, hoje, a Rua Cônego Francisco Ribeiro. Começava na Rua Aurora; nela, moraram Domingos Trombetti, patriarca dos Válio na região, pai do Major Luiz Válio, e Francisco de Paula Góes;
- Rua Bela Vista foi o primeiro nome da atual Rua Governador Pedro de Toledo, o qual vigorou até 1.932. Principiava na esquina da Rua Nova indo até a Rua do Comércio, que mais tarde se chamou Júlio Prestes; nessa rua construiu-se a primeira sede do Governo Municipal, tão logo concretizaram-se os sonhos de emancipação político-administrativa.
Foram seus primeiros moradores: Salvador Vieira de Proença, Arthur das Chagas Monteiro, Francisco Válio, Alfredo Ferreira, Amadeu Raphael Marino e João Rodrigues;
- Rua Nova é a atual Rua Siqueira Campos, que também se chamou Rua do Comércio. Principiava na esquina da Rua Júlio Prestes indo até a esquina da Rua Bela Vista. 
Nela morava o sírio José Elias. 
Em 1.899, havia plantados, ao longo do logradouro, diversos coqueiros protegidos por grades de paus. 
Um dia também ela se chamou Adriano Marrey Júnior. Isso até 28 de agosto de 1.931, quando o então prefeito Leontino Arantes Galvão, usando das atribuições conferidas pelo Decreto 4.810, de 31 de dezembro de 1.930, mudou a sua denominação. Assim: 
- ‘ Considerando que Siqueira Campos, o glorioso paulista foi o maior e o mais bravo dos revolucionários de 22 e 24, cujos ideais defendeu com abnegado patriotismo; considerando que Siqueira Campos é hoje um nome nacional pelas honras que alcançou em vida pelos seus atos decisivos, já como comandante do punhado de bravos do forte de Copacabana, já como companheiro de Prestes e Miguel Costa na arrojada excursão pelos sertões do Brasil; considerando que até hoje nenhum brasileiro excedeu a Siqueira Campos em patriotismo e valor cívico; considerando que esse ínclito soldado deu a própria vida em defesa da causa que abraçou e por esse motivo os paulistas já prestaram à sua memória eloqüentes homenagens cívicas; considerando, finalmente, que o nome de Siqueira Campos não poderá mais ficar esquecido dos paulistas, e que é um dever imperioso e patriótico o de perpetuar o seu glorioso nome nos fatos políticos desta municipalidade, decreta: artigo 1º. – A Rua Marrey Júnior desta cidade passa da presente data em diante a ter a denominação de Rua Siqueira Campos; artigo 2º. Revogam-se as disposições em contrário. Dado e passado na secretaria da Prefeitura Municipal de São Miguel Arcanjo em 29 de agosto de 1.931. Assinaram o prefeito Leontino Arantes Galvão e o secretário Emílio Galvão Noronha. ;
- Rua Bonita, hoje, é a atual Júlio Prestes; ficava paralela à Rua Nova, entre os terrenos de Juvenal dos Santos Terra e João Colaço de Almeida;
- Rua Paranapiacaba é, hoje, a Rua Armando Sales de Oliveira; era paralela à Rua Bela Vista;
- Rua do Taquaral, hoje, é a Rua Bento França, que também se chamou Rua 15 de Novembro; vinha em seguida à Rua Bela Vista;
- Rua São João, continua sendo, depois de ser chamada Rua dos Bambus;
- Avenida Municipal, hoje, é a Rua Miguel Terra. Era paralela à Rua Bonita e a São João e se dirigia ao cemitério local;
- Rua Aurora, hoje, é a Rua Manoel Fogaça. Ficava na esquina da Rua Dr. Julio Prestes até a Rua Nova. Dizem que o prefeito que lhe deu esse nome fora apaixonado pela mulher, quando viva;  
- Rua Treze de Maio é a atual Rua Narlir Miguel, que também se chamou Rua Antonio Ferreira Leme. Nela havia o potreiro de Antonio Arantes Galvão e as propriedades de Benedito Terra;
- Rua 12 de Outubro é, hoje, a Rua Dom Aguirre;
- Rua Joaquim Ortiz de Camargo tinha o antigo nome de Avenida Capitão Alberto Mendes Júnior;
- Rua 3 de Maio é a atual Rua dos Expedicionários;
- Rua 9 de Julho é a atual Rua 29 de Setembro;
- Rua Coelho Neto é a atual Rua Edwirges Monteiro;
- Rua Carlos de Campos é a atual Antonio Alves Machado;
- Rua Prudente de Moraes é hoje a Rua Abílio Ferreira;
- Rua Vitória é, hoje, a Rua Comendador José Giorgi;
- Avenida João Pessoa é, hoje, a Rua Sadamita Iwassaki, que antes de homenagear o presidente, também se chamou Avenida Municipal;
- Rua Tenente Urias é a que antes fora denominada de Rua Floriano Peixoto;
- Rua Almirante Barroso é a atual Major Luiz Válio;
- Rua Duque de Caxias é a atual Rua Marechal Castelo Branco;
- Rua Almirante Tamandaré é a atual Rua João Borges da Silva;
- Rua Nilo Peçanha é a atual Rua Antonio Fogaça de Almeida, conforme decreto 69, de 19 de outubro de 1.97l;
- Rua Barão do Rio Branco é, hoje, a Avenida Nestor Fogaça.
Etc, etc...

FESTA DE SÃO JOÃO NO TEMPO DO MONSENHOR HENRIQUE VOLTA

Monsenhor Henrique Volta

"Realisaram-se nesta cidade na noite de 23 para 24 do corrente, os tradicionaes festejos em louvor a S. João Baptista.
Da promoção das mesmas encarregou-se o sr. Adhemar Bittencourt que não poupou esforços no sentido de bem se desempenhar da sua incumbencia. 
Assim é que, à noite de 23 em a casa de sua residencia, houve um concorrido e animado baile durante o qual foi distribuido, prodigamente, o delicioso e opportuno quentão que a todos imprimia um espirito folgazão e uma alegria fora do commum, peculiares áquella noite e áquella festa.
Às 2 horas do dia 24, dia de S. João, realisou-se com grande imponencia a tradicional procissão do lavamento de S. João, cerimonia essa que realisou-se no ribeirão existente no fim da rua Julio Prestes perante avultado numero de pessoas.
Às 8 horas realisou-se na Igreja Matriz, a missa em louvor a São João notando-se durante a mesma grande concorrencia de devotos do milagroso santo festejado.
Foi, afinal, uma bella festa que a todos deixou saudades.
Parabens ao digno e esforçado festeiro pelo feliz exito que alcançou na sua espinhosa tarefa".

Inserido no extinto "O Progresso" de 28.06.1.931.
Nessa época, o Monsenhor Henrique Volta - foto de nosso acervo - é quem cuidava da paróquia. 
No ano seguinte, ele voltava para a Itália.

O PRÉDIO DO MATADOURO MUNICIPAL FAZ 80 ANOS

















Aqui, o matadouro municipal em pleno funcionamento.
É o mesmo prédio pegado à Fecularia de Antonio Falopa, só que já desfalcado. 
Segundo Orlando Leme Pinheiro, o homem de paletó e gravata na foto era o fiscal de posturas municipais, o saudoso José Rolim de Moura. 
Esse prédio está abandonado há várias décadas.
A Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo sonhava em fazer ali um Museu Sacro para homenagear o padre Francisco Ribeiro e o Frei Galvão, com um jardim para São Francisco de Assis.
A Corporação Musical São-Miguelense também sonhou em ter ali sua sede.



Sonhos todos naufragados.


Só não naufragou esta fotografia que faz parte do acervo de Luiza Válio.