sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO DE BOA VISTA



O termo "Boa Vista" derivou da localização; situa-se o Bairro em ponto alto com uma visão bastante privilegiada.
Conhecido antigamente como o Bairro dos Coelhos, o Bairro de Boa Vista, no município de São Miguel Arcanjo, tem em Nossa Senhora Aparecida sua padroeira.

Foram os próprios moradores que, desejando possuir uma escola, após algumas reuniões, decidiram juntar seus esforços e construíram o prédio.
Diga-se de passagem um prédio muito bem planejado.
Funcionou aí, no ano de 1.930, a Escola Mista do Bairro.
Maria Antonia de Deus, com cem anos em 2.011, nasceu no Bairro em 16 de julho de 1.909, mas foi registrada em Pilar do Sul. Era filha de Francisco Antonio de Deus e Benedita Maria de Almeida que lá possuíam um sítio e trabalhavam no cultivo de algodão, milho, mandioca, feijão e hortaliças. 
Sem escolaridade nenhuma, acabou aprendendo a costurar e se tornou uma profissional da costura, atendendo a toda a elite de São Miguel, depois que se casou com Lauzírio José de Almeida, morador no Bairro Santa Cruz. 
Lauzírio era jogador de futebol no time local; uma vez na cidade, arrumou trabalho com Carandino, mais tarde com Beretta, até conseguir trabalho definitivo na Prefeitura Municipal e, afinal, eleger-se vereador. Tiveram dois filhos, um deles já falecido. Maria das Graças é professora; nos tempos de Adelina Prandini Ribas, foi voluntária nos serviços sociais. 
No dia 31 de maio de 1.954, graças ao esforço dos Congregados Marianos do Bairro, foi levantado uma gruta para Nossa Senhora, uma homenagem à Imaculada Conceição.
Era toda feita de pedras.
Pagavam impostos no Bairro: Argemiro e Laurindo Bueno, que eram compradores de gado, Geraldo Francisco, que tinha um armazém e João Agostinho com uma carvoaria.
No dia 25 de agosto de 1.972, o Bairro recebeu a visita do Bispo Dom José Melhado de Campos, quando houve um encontro da Juventude.
O capelão chamava-se Benedito Raymundo Domingues e era auxiliado pelo jovem Vicente Fogaça.
Até 1.990, a escola do Bairro não tinha nem luz elétrica.Hoje, cerca de 40 famílias trabalham na lavoura.


CYRO BENTO MARIANO


Morador no Bairro há mais de quarenta anos, em 2.010 esteve na Escola do bairro para contar o que sabia sobre o lugar. Segundo ele, o bairro se formou mais ou menos por volta de 1.915, tendo sido seus primeiros colonizadores Marcelino e Fermina Gonçalves e outros que não mais se recordava.

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