sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO DO GRAMADÃO

Sea Mist

O antigo Posto de Saúde do Bairro
Assentado às margens da Rodovia SP 127, a rodovia do Mercosul, o Bairro do Gramadão, hoje Distrito, fica a 20 quilômetros do centro de São Miguel. Antigamente denominado Bairro do Turvo, depois dos Colaças (ou das Calaças), foi na década de 70 que recebeu o nome de Gramadão.
Tem Nossa Senhora Aparecida como padroeira do lugar. 
Localizado na rota de tropeiros que vinham de Viamão, foi justamente fundado pelos casais gaúchos Vicente Antonio Vieira, seu primo Antonio Vieira e duas primas, que saindo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, de e quase de relance escolheram terras são-miguelenses para construir seu futuro.
Foram os primeiros povoadores do lugar, já que seus filhos se casaram entre si.
Com o tempo, Vicente, também chamado Vicente Calaça, conseguiu desbravar algumas terras pegadas ao Rio do Turvo, mais ou menos seiscentos alqueires, tornando-se proprietário delas no seu sítio então denominado Turvo dos Colaças (ou Calaças), para diferenciar do Turvo dos Almeidas, que pertencia a Capão Bonito.
Em 1.928, com a antiga nomenclatura foi que o jornal ‘Tribuna Popular’, de Itapetininga noticiou que os lavradores Pedro Paulo e Antonio M. de Almeida fizeram o donativo de 24 contos de réis ao Asilo de São Lázaro da cidade de Itapetininga, que também atendia pessoas de São Miguel Arcanjo. 
Quando ainda era chamado Turvo, dois conhecidos comerciantes ali possuíam seus empórios, o Alcides Mendes da Silva e o Avelino Antonio Vieira.
As famílias que escolheram o lugarejo para viver, continuaram sempre unidas, tanto que um filho de Vicente, o José Boaventura Vieira veio a casar-se com a filha de Antonio, Maria Elisiária Vieira, e com ela teve oito filhos.
Quando ali se instalou a primeira escola, foi numa sala anexada à enorme residência de Vicente Calaça que as aulas eram dadas. O governo pagava um aluguel. Na época da revolução de 32, sua casa também acabou sendo utilizada pelos soldados, para tratar dos feridos.
Ali havia pasto bom para gado e outras criações. Tanto que os grandes proprietários e criadores de gado como Zacarias Baltazar de Souza, João Gustavo, Leonildo Boaventura Vieira, Pedro Baltazar de Souza, Joaquim Júlio de Almeida, José Baltazar de Souza, Avelino Antonio Vieira, Antonio Vieira, Elvira Prestes de Albuquerque e outros tiveram muito sucesso.



Grandes comerciantes, que ali mantiveram seus armazéns de secos e molhados por longo tempo, o Juracy Albuquerque Medeiros, o Alcides Mendes da Silva e o Antonio Vieira, além de ‘Rose Lãs e Linhas’, na Rua Joaquim Júlio, 75; Célio Auto Mecânica na Rua Abílio Junqueira, 210; Luiz Carlos de Chaves com conserto de radiadores à Rua José Antonio Vieira,136; Borracharia Chitão, do Dilmo Arcaro da Costa, à Rua Avelino Antonio Vieira, 319; Casa do Sitiante, à Rua Avelino Antonio Vieira, 219; Eletrônica Inácio, no 297 da mesma rua. No bairro tem lanchonete e Churrascaria. O Hotel e Motel Gramadão em 1.997 pertencia ao ‘Alemão’, Nervásio Francisco Dalmas.
No ano de 1.996, Gramadão foi manchete de jornal na região. 
A reportagem noticiava que o bairro queria emancipar-se do município-mãe, juntamente com Pocinho, Turvo dos Hilários e Bairro dos Almeidas, este pertencente a Capão Bonito. 
Um dos cabeças do movimento foi o vereador Jair Martinez. Não deu certo.
O primeiro loteamento no Bairro foi feito por Leonildo Boaventura Vieira no ano de 1.975. 
O segundo por Luis Júlio de Almeida. Leonildo foi quem doou um terreno para construção da primeira escola que após 1.984 recebeu o nome de ‘José Baltazar de Souza’, justa homenagem a alguém que prezava muito e colaborou imensamente com o bairro e que, juntamente com a filha, no mês de março de 1.984, sofreu acidente automobilístico vindo a falecer.
A primeira igreja fundada no bairro foi a Presbiteriana Independente, no dia 24 de maio de 1.930. 
Também lá já se instalaram a Assembléia de Deus e a Filadélfia.
No início dos anos 80 é que a Igreja Católica da padroeira Nossa Senhora Aparecida, foi construída. No ano de 1.995, essa igreja foi assaltada. Os ladrões levaram 3 microondas, um rádio toca fitas e um amplificador de som.
O primeiro ponto de táxi foi criado pelo decreto 68, de 27 de novembro de 1.998, na Rua Avelino Antonio Vieira, entre os números 249 e 257.
O Centro Comunitário ‘Leonardo Antonio Vieira- Cidadão Emérito’ localiza-se na Avenida José Boaventura Vieira, 449.
Foi assim designado por força da lei 2.279, de 09 de maio de 2.000Pelo decreto 26, de 07 de junho de 1.993, foi construida a Caixa d’água pela Sabesp em terreno com 339,05 m2, desapropriado a José Airton de Lima e Luiz Francisco de Lima Neto.
Pela portaria 52, de 08 de junho de 1.993, o terreno onde foi construído o prédio escolar foi desapropriado a Valdemar Fermino Celestino e Hélio Brisola, sendo 400 m2 de cada um, no Jardim Júlio. A construção teve início em 1.997 e no ano seguinte já estava inaugurada com o nome de ‘José Baltazar de Souza’, com dois pavimentos.
O Posto de Saúde foi inaugurado em setembro de 1.996 com uma área de 150 m2 e recebeu o nome de ‘Célia Aparecida Vieira’. Ela era agente de saúde e sofreu trágico desaparecimento.
A praça em frente à Igreja foi inaugurada em agosto de 1.996. Vitalino Rodrigues, vice presidente da Igreja Católica, esteve na inauguração.
O que mais impulsionou o crescimento do bairro foi a instalação do Posto de gasolina, iniciativa de Iones Miranda, Gabriel Martinez e Winson Pensa.
No ano de 1.998 lá foi criado o ponto de taxi com duas vagas. O decreto: número 68, de 27 de novembro.
No ano de 2.000, havia no bairro 751 eleitores.
No dia 02 de junho de 2.005 foi entregue a obra de asfaltamento da Avenida José Boaventura Vieira. Nesse dia, estiveram lá, além do prefeito Antonio Celso Mossin, os secretários, os chefes de Departamentos e as equipes de trabalho ouvindo os reclamos e as sugestões dos moradores.
O valor da obra foi de 135 mil reais e englobou serviços de:
guias, sarjetas e pavimentação asfáltica, compreendendo os trechos entre a Rua Avelino Antonio Vieira e Rua Cônego Francisco Ribeiro, totalizando 120 metros lineares de guias e sarjetas e 370 metros de pavimentação asfáltica. 
Nesse mesmo ano, a Escola "José Baltazar de Souza" recebeu todo o equipamento necessário para a instalação de uma padaria, através do Programa "Escola da Família".
Roseli Martinez Proença Dias, uma sorocabana que nasceu no dia 04 de novembro de 1.952, casada, com formação em Técnicas de Enfermagem, e que escolheu o Bairro para viver e trabalhar, foi a primeira mulher de lá que se tornou vereadora no município de São Miguel Arcanjo.



Publicidades na década de 70:














Recentemente, pudemos ver estas matérias na Internet:
1. " Sr. Leonildo, qual a origem do bairro do Gramadão?
- " Bem, vou contar pra vocês um breve resumo de tudo que aconteceu. 
Estas terras faziam parte de uma Sesmaria que havia sido comprada pelo meu avô Vicente Calaça. 
Passado tempo, passou a ser conhecido por Turvo dos Calaças. Quando eu tinha por volta de 13 anos eu estava neste mesmo local, hoje rua Rev. Abílio de Oliveira Junqueira e aqui havia uma raia para cavalos que ia daqui até a Igreja Presbiteriana Independente. 
Eu estava aqui em frente e ouvi uma Voz que me disse: "Faça uma cidade aqui.". 
Eu, naquele momento, fiquei sem ação porque não havia ninguém no local, mas, eu ouvi aquela Voz. 
Na hora não acreditei, e a voz falou de novo. 
Então entendi que era a Voz de Deus e fiquei com aquilo na cabeça. 
Muitos anos depois, já casado e com filhos, na década de 70, eu comentei com meu filho mais velho, que tinha resolvido fazer uma cidade e ele até duvidou da minha sanidade mental, na época. 
Muitas pessoas achavam uma loucura o que eu estava falando e mesmo contra a vontade de todos resolvi fazer o que Deus havia me dito: fazer uma cidade neste local e então arranjei um ajudante, comprei uma trena de 30 metros e, com um monte de pontaletes de pau, fui demarcando tudo por aqui, na fé, que isso aqui um dia seria uma cidade. 
Tive enormes dificuldades, mas a aceitação foi enorme e vendi muitos lotes em muito pouco tempo. 
Pessoas compraram, também pela Fé, confiando que aqui seria um bairro próspero. 
Perdi muito, financeiramente, mas sou um homem feliz hoje por ter cumprido aquilo que aquela Voz me pediu. 
Hoje estou preparado para que Deus cumpra o que tem reservado para mim, não tenho medo da morte. 
Estou preparado. 
No entanto, gostaria de ter mais alguns anos de vida para ver este bairro crescer ainda mais".
A foto abaixo é do mesmo site e se refere a Maísa e família, no bairro.

 

Sítio: Por | Raízes &Folhas.



O Bairro em 2.010





REPRESENTANTES DA GRAPO VINDICANDO MELHORIAS PARA O BAIRRO JUNTO À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL ARCANJO.

Notícias veiculadas no extinto jornal "A Hora de São Miguel Arcanjo" no ano de 1.993:






E no extinto "Jornal da Terra", em 1.997:




GENTE DO BAIRRO: HOJE
Fotos do site da GRAPO
















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