sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO FAXINAL DOS ALMEIDAS


Santa Cruz protege seus moradores. A capela do bairro foi fundada em 03 de maio de 1.882 por um agricultor chamado Germino Paulino de Araújo. 
A área de terras pertencente a essa capela mede mais ou menos um quarto de um alqueire e comporta, além da capela, a escola primária e uma mangueira para rodeios. No entorno, uma dezena de casas residenciais, armazéns e um campo de futebol.
A primeira capela, segundo afirmam os mais velhos, foi construída por Rogério de tal por volta de 1.939; era já coberta com telhas mas tinha as paredes de barro. Esse terreno foi doado por Rogério e mais tarde incorporado ao que foi doado por Germino, e então a comunidade se empenhou na construção de uma nova capela bem maior.
No ano de 1.928, quem lecionava no Bairro era a professora Isaura Fogaça Vieira, cunhada de Cassiano Vieira, nessa época já viúva do professor Olegário Vieira.
Joaquim Ramos de Toledo lá se estabeleceu com sua máquina de descaroçar algodão – a primeira do bairro - no ano de 1.930.
Joaquim Teodoro montou seu armazém de secos e molhados e José de Araujo um botequim, pelo que na década de 60 já pagavam impostos devidos.
Outros bairros surgiram à época do nascimento de Faxinal, na demanda para Itapetininga, porém, não prosperaram, tais como Campo Grande e Mandiocal.
Neste último, localizava-se uma colônia japonesa liderada por Mário Ueda que acabou vendendo suas terras para a Vitivinícola Cereser S/A, do empresário jundiaiense, Comendador João Cereser que inclusive já havia comprado as terras da Fazenda Serra Velha de Nestor Fogaça, em 1.966.
A Fazenda Dom Bosco merece um capítulo à parte. Foi um modelo de empreendimento. Na década de 70, mais de cem pessoas moravam e trabalhavam nela. Os irmãos Delaqua dirigiam a fazenda que iniciou com a cultura de uvas para fabricação de vinho e maçãs, mais tarde, milho, feijão, algodão, trigo, reflorestamento, criação de gado, suinocultura, ovinocultura.
A Vitivinícola Cereser foi a pioneira no município; extensos e excelentes parreirais deram as melhores produções. Uma vez fundada a escola municipal nessa Fazenda, seus primeiros mestres foram Alice Arantes Galvão e Luiza de Jesus Válio. 
Na década de 90, residiam na Fazenda Dom Bosco quase 40 famílias, num total de 300 pessoas. Havia um centro comunitário com capacidade para 2.000 pessoas, uma igreja, do orago São João Bosco, uma Escola agora do Estado e um Pré. Possuindo cerca de 2.250 hectares, lá existia a Serraria e Carvoaria ‘Santa Clara’ que vendia seus produtos para várias indústrias paulistas. Mais de 50 fornos de carvão e uma olaria. O maquinário da Fazenda era de causar inveja a qualquer Prefeitura municipal de pequeno porte com seus 16 tratores, 8 caminhões, retroescavadeira, máquina de esteira, motoniveladora, oficina mecânica e funilaria.
A estrada que levava da sede ao asfalto foi feita por conta própria. Preocupada com a Ecologia, na Fazenda havia uma reserva de 30 hectares de mata natural com 16 macacos guaribas ou bugios, 12 açudes e até um pequeno bosque formado de canela preta, jatobá, peroba, pau brasil, plantas em processo de extinção.
No dia 13 de janeiro de 1.989, foi inaugurada a Capela dedicada a São João Bosco; o responsável pela obra e por sua manutenção chamava-se Sérgio Martins.
Através de João Cereser é que muitas famílias se instalaram em São Miguel Arcanjo e começaram a fortalecer aqui o plantio de uvas. Essas famílias vieram de Jundiaí, Vinhedo, Valinhos, Louveira, Indaiatuba, etc.
A escola do Bairro Faxinal, que leva o nome de ‘Professora Thereza M. C. Bodo Carvalho’, foi inaugurada em 23 de maio de 1.993, mas a lei que lhe deu nome só foi promulgada em 26 de novembro de 1.996 - Lei 9.424.
Por muito tempo teve um representante do bairro ocupando uma cadeira na Câmara de Vereadores de São Miguel, o José Alexandre Mendes.
Uva, melancia e gado leiteiro movimentam a economia local.
Até o ano de 1.996, existiu ali a Granja Santa Maria que funcionou durante algum tempo com sucesso. Cerca de trezentos frangos se produzia por dia. Mas o abatedouro mais próximo de São Miguel ficava em Tietê, a 120 quilômetros e a granja acabou fechando suas portas.
O Sítio Santo Antonio se manteve com estufa, leiteria e ovinocultura.
No ano de 2.000, havia 234 eleitores no bairro.

Notícia do dia 13 de dezembro de 2.011: A CAPIVARA

Ela apareceu no Bairro Faxinal dos Almeidas, terça-feira passada, e foi logo entrando na propriedade de dona Fernanda Aparecida de Moraes que nunca havia visto um bicho daqueles. 
O azar foi que os quatro cachorros da dona atacaram com fúria a intrusa e quase a matavam, não fosse a chegada dos vizinhos que conseguiram separar os bichos.
Após medicá-la, soltaram-na para o mato.
Essa, com certeza, não volta mais. 





4 comentários:

  1. Poxa isso ja faz muito tempo. Eu tinha so um 10 anos

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  2. Poxa isso ja faz muito tempo. Eu tinha so um 10 anos

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  3. Muito interessante a história do bairro faxinal dos Almeida!eu fico feliz por saber que meu avô fez parte dessa história"Germino Paulino de Araújo"e pelos os outros que contribuiram para o progresso da cidade.

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  4. Amei a reportagem morri nesta fazenda cereser tinha 6 anos.Os melhores anos da minha vida foi lá.Gostaria de fotos de lá para mostrar para meus netos .

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