sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BAIRRO TURVO DA LAGOA

Distante cerca de 20 quilômetros do perímetro urbano do município de São Miguel Arcanjo, o Bairro Turvo da Lagoa tem em São Roque seu santo padroeiro.
Para se chegar ao bairro, segue-se pela estrada São Miguel Arcanjo-Sete Barras; logo após a ponte do rio do Turvo, entra-se pela direita na Fazenda Lajeado e, então, ao ganhar a estrada municipal é chegado ao núcleo do bairro.
Antigamente, era denominado simplesmente Bairro do Turvo. Mais tarde, passou a ser chamado Bairro Turvo dos Almeidas, Turvo dos Brizolas e até Lagoa Grande.
Divide-se ao norte com o Lajeado, próximo do curso do rio também chamado Turvo, origem do nome do bairro; ao sul, com o bairro do Taquaral; a leste, com o bairro de Guararema e a oeste com um lugar conhecido como Baltazar, bem na divisa com as terras do município de Capão Bonito.
O bairro é cortado pelo ribeirão denominado Laranja Azeda.
No centro da localidade, existe uma grande lagoa.
Nasceu lá o político João Paulino da Silva, que casou- se com Augusta Galvão, gente do Moinho. 
Segundo uma das suas filhas, Eudethe da Silva Dias, chamada carinhosamente de Dedé, professora, hoje, aposentada, durante um bom tempo sua mãe guardou velhos papéis e objetos que pertenceram ao Tenente Urias Nogueira, e que foram queimados. 

É ela quem informa também que tem quase certeza de que as escravas Benvinda, Astrogilda, Ferma e Maria Preta vieram a São Miguel trazidas pelo próprio Tenente. 
E que Benvinda, depois que lhe caiu um raio na perna, passou a residir em propriedade da sua família, uma casinha coberta de sapé no solo onde hoje se acha instalada a bicicletaria do Nelson Nogueira. 
Ali, ela fazia rapadura e outros doces para vender.
Nesse bairro é que nasceu um tio avô meio excêntrico de Maria Perpétua Nogueira de Almeida. 
Diziam os mais velhos que, ao morrer, ele deixou como herança somente um imóvel, o qual deveria ser dividido em partes iguais para todas as Marias Perpétuas que surgissem na família. 
Era um sítio com 220 alqueires num lugar chamado Baixada da Pedra Sapo, dentro de uma parte da Fazenda Velha, hoje, Turvo da Lagoa, onde existia uma grande casa de tábuas com alguns pés de laranja e lima no pomar. 
Assim é que informava o tal documento datado de 1.900. A propriedade se perdeu no tempo.
Conforme documento enviado ao Dr. Eurico de Ataliba Nogueira, Inspetor Regional de Recenseamento Agrícola e Zootécnico sobre o recenseamento agrícola e zootécnico do Bairro, datado de 4 de setembro de 1.937, assinado pelo responsável Mário Augusto de Medeiros, esse bairro possuía 22 proprietários.
Também era nascido no Turvo da Lagoa, o João Silvério, pai da Neuza que se casou com o taxista Joaquim Alves Domingues; serviu como madrinha de alianças do casal, a enfermeira Lurdes Verônica, filha de Jorge Nicolau Neto.
Morava nesse bairro um curador chamado Benedito Eleutério. Para situá-lo na história, ele era pai de Francisco Eleutério, sapateiro que auxiliava o Domingos dos Santos Terra, o Mingo. Francisco Eleutério era pai de Benedito Eleutério, que foi funcionário da Prefeitura e teve como última atividade a vigilância do Centro Comunitário "Adelina Prandini Ribas". Este Benedito Eleutério era pai da professora Cláudia, do Fábio, prestador de serviços à Prefeitura local e de um investigador de polícia lotado em São Miguel Arcanjo.
Esse bairro deu acolhida ao capitalista Bento França e a toda a sua família tão logo deixou a Ribeira para instalar-se em São Miguel Arcanjo.
A saga da família e mais detalhes sobre o bairro, pode-se saber folheando o livro de Miguel França de Mattos, "A Lagoa do Cedro e o Turvo da Lagoa".

CASO DE POLÍCIA:
UM GOLPE NA SAÍDA DO BANCO

Aconteceu no final do mês de junho do ano de 2.002, quando o agricultor Edson Galdino Vieira, morador no Bairro, foi assaltado ao sair da agência do Banco do Brasil, após retirar uma certa quantia em dinheiro.
Duas mulheres: uma delas, dizendo que havia encontrado uma folha de cheque no valor de 10 mil reais o inquiriu perguntando se não seria dele; em seguida, a outra apareceu dizendo que era dela, que o havia perdido e iria gratificar os dois por tê-lo encontrado.
Pediu então que ele ficasse com o cheque e pegou uma bolsa tipo pochete, onde ele havia guardado o dinheiro retirado do banco - 1.380,00.
Para fazer de conta, talvez, que levava a bolsa onde traria o dinheiro da recompensa dos dois. 
Coitado!
As mulheres desapareceram!

2004: FESTIVAL DE MÚSICA SERTANEJA


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