Antonio José de Lima, também conhecido como Antonio Fonseca, era proprietário de um sítio bastante extenso no Bairro Turvo dos Pedrosos, bem na divisa de São Miguel Arcanjo com o município de Capão Bonito.
Tropeiro e rico agricultor, casou-se com dona Rufina, com quem teve vários filhos, entre eles Jorge, Pedro, Dolores, Cecília, Benedita, Ortília, Xanda.
Para situá-lo mais próximo de nós, lembramos que a filha Cecília era esposa do Durvalino Brizola e avó de Pedro Paulo Fonseca; a outra filha Benedita era avó das professoras Cleide e Inês; uma outra, a Ortília, foi quem emprestava uma sala em sua residência para que funcionasse a primeira escola do Bairro Turvo dos Pedrosos.
Já a filha Xanda, saudosa e querida, era mãe de Igino Medeiros, ex-bancário, ora aposentado, que possui uma barbearia na Rua Monsenhor Henrique Volta, em São Miguel Arcanjo.
Conhecemos também um neto de Antonio Fonseca, o Mané Trindade, quando estava no auge dos seus 80 anos de idade.
Mas era a afilhada de Antonio Fonseca, Aparecida Maria Ferreira, esposa de Laurentino Ferreira, neto do Antonio, quem gostava de contar sobre o padrinho.
As lembranças lhe chegavam fortes na memória de 78 anos de idade, quando se pegava a recordar do cavalo que ele possuia. Eternamente encilhado, era alugado para transportar as noivas até à capela da cidade.
- Encilhado - ela explicava - porque apertado com cilha, que era uma tira de pano ou de couro que passava por baixo da barriga nas cavalgaduras. A noiva vinha sempre à frente do resto da cavalaria. Vinha com um chapéu bem grandão, e o vestido branco cobria todo o animal. Era uma coisa tão linda da gente ver... Um espetáculo!
Na foto acima, de nosso acervo, Antonio Fonseca ao lado das filhas Cecília, a mais nova, e Dolores, ambas com descendências em Capão Bonito, onde sempre residiram.
Detalhe: o cinturão usado por ele, geralmente feito de couro ou de camurça, a que denominavam de guaiaca, e as polainas que protegiam a parte inferior das pernas e eram usadas por cima do calçado.
Ano da foto: 1.920.
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