BLOG DESTINADO AO RESGATE DE HISTÓRIAS E DE FATOS SOBRE A VIDA E O DESENROLAR DOS TEMPOS NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL ARCANJO/SP/BRASIL. SOCIEDADE. GENTE. COSTUMES. POLÍTICA. CULTURA. FOLCLORE. " SE QUERES PREVER O FUTURO, ESTUDA O PASSADO"- CONFÚCIO. " POVO QUE NÃO TEM MEMÓRIA É CONDENADO A REPETIR A HISTÓRIA"- SANTAYANA. PESQUISAS: LUIZA VÁLIO. RESPONSÁVEL: LUIZA VÁLIO.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
SANTINO VICENTE, O REI DA ESTRADA
O saudoso caminhoneiro Santino Vicente tinha o maior orgulho em afirmar, provando, que durante 36 anos de estrada jamais sofreu um acidente.
Homem muito simples, gostava de contar piadas e até imitava o Mazzaroppi perfeitamente.
No auge dos seus 82 anos de idade, certa vez, em conversa com Luiza Valio, acabou lembrando um dos mais pitorescos episódios de sua vida, quando realmente "montara num porco", mas um porco muito bom.
Foi assim: um belo dia, meio sem querer, mas querendo, entrou no Cine Teatro São Miguel, que funcionava naquele prédio da Praça Tenente Urias, estacionado no tempo, que não ata e nem desata mais, propriedade dos Irmãos Silva - dos Supermercados - desde 1984.
Não que ele se lembrasse do filme, mas do jornal que antecedeu o filme, aí sim, ele se lembrava e muito.
Porque naquela época, antes de começar o filme, havia um jornal que dava notícias sobre o Brasil e o mundo.
Pois foi nesse belo dia...
Pasmem!
Nem que o Roque Mariano Ribeiro tivesse combinado...
Na telona, de repente, ouviu-se a notícia sobre a premiação do REI DA ESTRADA, que aconteceu no prédio da Gazeta, na Avenida Paulista, em São Paulo.
O concurso fora promovido pela RISTAR, a nível nacional.
O primeiro lugar ficou com um caminhoneiro de Vitória da Conquista, que ganhou um caminhão novinho da General Motors, mas, não se sabe por que, esse homem trocou a profissão de caminhoneiro pela de motorista de ônibus.
SANTINO VICENTE estava lá!
O segundo lugar ficara com SANTINO VICENTE, o caminhoneiro de São Miguel Arcanjo.
O porco?
Santino Vicente não acreditava no que via; ao se ver na telona, aqui em São Miguel Arcanjo, emocionou-se por demais da conta.
Não se conteve.
Foi lá para a frente, abriu os longos braços e, diante de todo o mundo, bradou fortemente:
- "OI, SANTINO! ÓIA EU AQUI, SANTINO! ÓIA EU AQUI!!!
Quase que o cinema veio abaixo com as palmas que o Santino Vicente, o que estava fora da telona, recebeu.
O Roque acabou vindo para cumprimentar o homem que foi, merecidamente, o REI DA ESTRADA.
Acima, o caminhão de Santino - xerox - quando levava carvão de São Miguel para a capital.
IRIA DE LIMA MACHADO
Temos um recorte do extinto jornal Folha de São Miguel Arcanjo datado de 16 de dezembro de 1984 no qual se acha impresso um poema de Iria de Lima Machado.
Iria seria filha de Pedro Bento e Maria Vieira de Lima Machado, esta falecida em junho de 2013, com 86 anos de idade, em Itapetininga, e sepultada em São Miguel Arcanjo.
Neta de Manoel Inácio de Lima e Olívia Fernandes Vieira, por parte de mãe, Iria seria irmã de Madalena, Maria e Adão - este, adotivo.
ONDE ANDARIA IRIA?
ZICO FOGAÇA E LEONTINO ARANTES GALVÃO
Existe uma canção que deve ter-se perdido nas curvas do tempo.
Foi composta em 1920.
Letra de Zico Fogaça e música de Leontino Arantes Galvão.
Intitula-se: " CANTA COMIGO".
Eis a letra:
Canta comigo, com tua voz melíflua,
Deixa-me louco de paixão por ti.
Paixão ardente que corrói minh`alma,
Canta comigo, que te quero ouvir.
Sonha comigo, a dormitar e plácida;
Muito não peço, porque mal te fiz.
Sonha comigo, pois te adoro tanto.
Sonha comigo, que serei feliz.
Chora comigo, apaixonada e lânguida,
Saiba chorar o teu copioso pranto.
Choro contigo, pois meu amor recusas.
Choro por ti, pois te adoro tanto.
Já a música, se alguém souber, mande-nos dizer.
GERAÇÕES:
Terezinha Alves Nunes Costa
João Vaz de Araujo Filho
Nazide Rodrigues de Almeida
José Roberto Marques
Miguel Terra
Renato Hakim
Enil Ferreira
Maria Lúcia Rodrigues
Marcy Molitor
Inês Santina
Sidney Pinheiro
José Antonio Camargo
Abília Medeiros
Maria Luiza França
Ângela Maria de Abreu
Moacir Soares Rodrigues
Cornélio Martins
Luiz Antonio Nery
João Mariano Machado Júnior
Geraldo Majela Vieira
Roseli dos Passos
Lenice Aparecida do Nascimento
João Deoclécio Júnior
Iolanda Aparecida da Silva
Do arquivo de Luiza Valio.
sábado, 24 de maio de 2014
O SORRISO DA LUCINHA
O América Foot-ball Club foi o primeiro time de futebol da cidade.
O time da Associação Atlética Sãomiguelense apareceu, claro que após algumas décadas.
O campo do América situava-se ali onde hoje se localiza o barracão da prefeitura, tendo o PA nos fundos.
O campo do Atlético ficava no hoje estádio "Nestor Fogaça".
O América possuía dois times.
No time A do América, jogavam: Nery, Augusto, Esaú, Alcindo Terra, Campos, Amaro, Zé, Aristeu Valio, Nenê, Zico e Antenor II.
No time B do América, jogavam: Antenor I, Tonico, Caricatti, Tobias, Antídio, Alfredo, Luiz Valio, Edwirges Monteiro, Amador, Euclydes e Pedro.
Reservas do América: França e Pio Valio.
A Associação Atlética Sãomiguelense, na década de 40, era formada pelos garotos da foto-xerox-, dentre eles: Vicente Fabiano, Alcidino França, João França, Salvador Costa, Clóvis e outros.
A madrinha do time chamava-se Lúcia Cauchioli, que era irmã do famoso músico Renato Cauchioli, sendo ambos filhos do padeiro Ernesto Cauchioli.
MENINAS NA DÉCADA DE 40
No início da década de 40, cada um fazia a sua moda em sua própria máquina de costura.
A DIMA S/A Distribuidora de Máquinas Brasileiras já fazia distribuição de máquinas de costura cem por cento brasileiras.
A Singer, e depois a Vigorelli, eram marcas que faziam parte do sonho de consumo de todas as mulheres brasileiras. Todas sonhando em possuir sua máquina de costurar.
Pregar botões, rendas, chulear, casear, aplicação de bordados, tudo virou obra de arte nas roupas fabricadas pelas mais exímias costureiras do país.
Claro que, depois de prontos os vestidos, as meninas iam passear na praça só para mostrá-los.
Como em São Miguel Arcanjo.
Na foto, que só a Harima deve ter, sentadas na grama que, naquela época, circundava todo o coreto da Praça João Pessoa, hoje Praça Tenente Urias, as graciosas irmãs "meninas" Nadima e Angelina Miguel.
Em pé, a partir da esquerda: Lola e Futina Jabur e as menorzinhas Rute Miguel e Glorinha Jabur.
Lindas de viver!
sábado, 17 de maio de 2014
SÃO MIGUEL ARCANJO:

Usinas Elétricas


Aqui, a Fazenda Santa Maria.
Abaixo, uma visão geral da cidade.

Aerofotos Oblíquas 1939/1940
quarta-feira, 14 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
SÃO MIGUEL ARCANJO: 1939/1940

V.G. Fazenda Santa Maria - Tombo: 3580

Usina Elétrica (A) - Tombo: 3581

Usina Elétrica (B) - Tombo: 3582
Fonte:
Aerofotos Oblíquas 1939/1940 dentro de Lençóis in Notícias.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
JOAQUIM DE SOUZA CARVALHO
Filho de João Evangelista Carvalho e Carolina de Souza Nogueira, nasceu no dia 11 de abril de 1912, em Pilar do Sul.
Casou-se em 1938 em São Miguel com a senhora Aparecida, com quem teve dez filhos.
Comerciante estabelecido à Rua Comendador Dante Carraro, foi nomeado Juiz de Paz na cidade no ano de 1958.
Faleceu aos 29 de janeiro de 2002.
JOAQUIM ORTIZ DE CAMARGO
Filho de Salvador Ortiz de Camargo, nasceu em Capão Bonito no dia 11 de setembro de 1891.
Era moreno, 1,70 m de altura, cabelos e olhos pretos, boca regular, rosto oval, nariz chato, artista de profissão, sem sinais particulares.
Em São Miguel, residiu na Rua 12 de Outubro, 463.
Em 17 de julho de 1936 foi nomeado para exercer o cargo de Primeiro Suplente do Sub-Delegado de Polícia do Distrito da sede de São Miguel Arcanjo, prestando juramento e entrando em efetivo exercício no dia 26 de julho de 1936. A certificação foi assinada por Aristeu Valio, escrivão nessa época.
Durante o ano de 1938 fez contrato com a secretaria de Segurança Pública para fornecer alimentação aos presos pobres recolhidos à cadeia pública de São Miguel.
Constava desse contrato a obrigação de fornecer para cada preso:
No almoço: 2 decilitros de farinha, 2 de arroz e 2 de feijão, mais 300 gramas de carne verde e 150 gramas de toicinho.
No jantar: 3 decilitros de farinha, 2 decilitros de arroz e 2 de feijão, mais 300 gramas de carne verde e 150 gramas de toicinho.
Café: 3 vezes por dia - de manhã, ao meio dia e à tarde - de manhã, era acompanhado de pão.
Foi nomeado Juiz de Casamentos no Distrito e município em 26 de setembro de 1962, prestando o compromisso legal e iniciando no exercício do cargo em 05 de outubro de 1962.
Foi um dos maiores maestros que a cidade conheceu.
Em São Miguel, residiu na Rua 12 de Outubro, 463.
Em 17 de julho de 1936 foi nomeado para exercer o cargo de Primeiro Suplente do Sub-Delegado de Polícia do Distrito da sede de São Miguel Arcanjo, prestando juramento e entrando em efetivo exercício no dia 26 de julho de 1936. A certificação foi assinada por Aristeu Valio, escrivão nessa época.
Durante o ano de 1938 fez contrato com a secretaria de Segurança Pública para fornecer alimentação aos presos pobres recolhidos à cadeia pública de São Miguel.
Constava desse contrato a obrigação de fornecer para cada preso:
No almoço: 2 decilitros de farinha, 2 de arroz e 2 de feijão, mais 300 gramas de carne verde e 150 gramas de toicinho.
No jantar: 3 decilitros de farinha, 2 decilitros de arroz e 2 de feijão, mais 300 gramas de carne verde e 150 gramas de toicinho.
Café: 3 vezes por dia - de manhã, ao meio dia e à tarde - de manhã, era acompanhado de pão.
Foi nomeado Juiz de Casamentos no Distrito e município em 26 de setembro de 1962, prestando o compromisso legal e iniciando no exercício do cargo em 05 de outubro de 1962.
Foi um dos maiores maestros que a cidade conheceu.
PROFESSOR CYRO TERRA
No mês de abril de 1926, o professor Cyro Terra foi nomeado para substituir o professor Arthur das Chagas Monteiro, das Escolas Reunidas de São Miguel Arcanjo.
PROFESSORA FAUSTINA AUGUSTO BICUDO
No ano de 1936, essa professora, que lecionava na Escola Mista do Bairro do Turvinho, em São Miguel Arcanjo, foi nomeada para substituir, em comissão, a professora Olga César Rosa, da Escola Mista do Bairro do Espigão, em Itapetininga.
PROFESSOR BENEDITO PEIXOTO DA SILVA
Pela portaria de 19 de fevereiro de 1929 - segunda via - foram concedidos dois meses de licença ao professor Benedito Peixoto da Silva, que lecionava nas Escolas Reunidas de São Miguel Arcanjo.
A nota foi publicada no Estadão de 12 de junho de 1929.
FALECIMENTOS: JOÃO BRANDÃO E BENEDITO PINTO DE CAMARGO
No dia 2 de dezembro de 1932 faleceu, com a idade de 80 ( ou 90?) anos, o senhor João Brandão, agricultor, deixando numerosa descendência.
No mês anterior, também faleceu o senhor Benedito Pinto de Camargo, aos 60 anos de idade, deixando viúva, filhos e netos. Lavrador no Bairro de Brejauva, exerceu durante muito tempo o cargo de delegado de polícia no município.
JOÃO MARIANO DE OLIVEIRA
Segundo decreto de 21 de fevereiro de 1907, foi nomeado segundo suplente do Delegado de São Miguel Arcanjo o senhor João Mariano de Oliveira.
Esse decreto foi publicado no Diário Oficial de 02 de abril de 1907.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
ABNER DE GÓES MENINO
Nascido em Pilar do Sul no dia 12 de novembro de 1930, Abner de Góes Menino lá mesmo casou-se com a senhora Judith de Góes Vieira, uma moça miudinha, mimosa e prendada que lhe deu quatro filhos: Osmir, Odimir, Claudemor e Odinir.
Fora Claudimir, que é professor em Iguape, os outros foram hábeis comerciantes na cidade de São Miguel Arcanjo, onde vieram tentar a sorte e conseguiram.
Primeiro foi a Loja Góes, tocada por Judith, no prédio do Narlir Miguel, onde hoje está a lanchonete do Supermercado Irmãos Silva.
Com o passar do tempo, construíram prédio próprio para a Loja, ali na Rua Governador Pedro de Toledo, atrás da igreja Matriz, quase parede e meia com o casarão dos Terra.
Em São Miguel Arcanjo, Abner tornou-se proprietário de uma carvoaria e, como era caminhoneiro, levava o "ouro negro" de São Miguel para São Paulo.
No seu Studbaker azul, ano 52, constantemente carregava leitoas e frangos para vender na capital.
O primeiro automóvel de Abner foi um Nash, importado.
Em São Miguel, quando a feira era realizada na rua do Correio, ele montava sua banca pertinho do bar que o Décio Torrell abria só para para vender bolinho, almôndega, caipirinha na concha feita num caldeirão.
Trabalhavam com o Abner a Neuza Ratto, a Yolanda do Toninho Japonês e a Maria Helena Pinheiro, hoje senhora Ivan de Góes.
Nas quintas-feiras, ele se fazia acompanhar do filho Odimir e partiam para fazer feira em Guareí.
Abner gostava de caçar.
Em virtude disso, certa vez embrenhou-se pelo sertão onde foi atacado por terrível gripe da qual originou uma terrível pneumonia.
Muito engraçado, um dia entrou no armazém do Sebastião de Arruda, comprou um chapéu e uma botina e saiu imitando o Mazzaroppi.
Ficou igualzinho!
Abner de Góes Menino faleceu no dia 22 de julho de 1974.
Abaixo, dona Judith, na primeira lojinha, no prédio do senhor Narlir Miguel.
Na porta, o popular Toninho Curto.
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